Guimarães: túnel junto ao Multiusos ganha nova roupagem

A arte urbana invadiu Guimarães. O ano de 2013, no qual a cidade foi Capital Europeia do Desporto, foi perpetuado num mural junto ao Multiusos, em Creixomil. Denominado “Guimarães 2013 – Cidade Europeia do Desporto”, o trabalho da artista Lara Luís foi inaugurado esta terça-feira, ao final da tarde.

Uma ilustração que retrata várias modalidades com algum humor. “Tentei incluir todas as modalidades que consegui, numa forma criativa de ilustrar alguns desportos. Gosto de juntar humor e animais. Pensei numa pista de atletismo e num cão que persegue o corredor de estafeta. Tentei desenhá-los de forma uniforme”, explicou a artista à RUM.

A ideia é que este seja o primeiro de vários murais instalados nos viadutos da cidade de Guimarães, de acordo com o vereador do desporto, Amadeu Portilha. “Já partilhei a ideia com o Presidente, que concorda com ela. Temos alguns viadutos que mereciam intervenção de alguns artistas locais, já que temos belíssimos artistas em várias artes”, disse.

Este pode ser, por isso, “o pontapé de saída” de uma surpresa.”Às tantas, um dia destes, surpreendemos Guimarães com outra pintura. A arte urbana dá um toque de contemporaneidade a uma cidade que é conhecida por saber conjugar bem o património e a modernidade”, afirmou Amadeu Portilha. 

Para o vereador, faz todo o sentido que o mural nasça “num local perto de onde se desenrola a maior parte da actividade desportiva de Guimarães: multiusos, piscinas e pista de atletismo”.

O projecto foi promovido pela Cooperativa Tempo Livre e executado pela “Circus Network”. Ana Muska, a fundadora, explica como surgiu a oportunidade de pintar um segundo mural em Guimarães, sendo que o primeiro está no Pavilhão Francisco de Holanda. “Este mural foi pintado em 2013, numa exposição sobre o desporto na Casa da Memória, pela mesma artista. A Tempo Livre gostou tanto da obra que afirmou que este tinha que ser feito na cidade. Esperemos que este seja o segundo de muitos”.

A artista Lara Luís concorda e acredita que este pode ser o início da criação de mais murais na cidade, “tendo em conta as boas opiniões de quem passa e até sugere pintarmos o outro lado do viaduto”. “Pessoalmente, é a maior parede que fiz a nível individual e é muito gratificante. Adorava pintar o outro lado abordando o tema da agricultura, que é muito presente nesta zona”, ambicionou.