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Guimarães é “incomparável” a Porto e Lisboa
A Secretária de Estado da Cultura justifica as diferenças de investimento financeiro, por parte do Governo, em Lisboa, Porto e Guimarães dizendo que são “espaços incomparáveis”. Recorde-se que as três cidades foram Capitais Europeias da Cultura, mas apenas duas têm uma verba destinada no Orçamento de Estado para dar continuidade à aposta cultural. A Casa da Música do Porto recebe 10 milhões de euros e o Centro Cultural de Belém recebe 16 milhões e meio, ambas anualmente. Guimarães não faz parte.
Isabel Botelho Leal diz que “não há milagres” quanto à falta de aposta financeira na cultura em Portugal. “Dificilmente diria que Guimarães está a ser diferenciada. As queixas na área financeira são nacionais. Como diria o Ministro da Cultura: não há milagres. Com aquilo que temos, podemos fazer um grande trabalho, e aqui [Centro Internacional de Artes José de Guimarães] está a prova disso mesmo. Quanto ao Orçamento de Estado, não podemos comparar os equipamentos”, disse aos jornalistas.
Isabel Botelho Leal afirmou, no entanto, que é necessário manter Guimarães no circuito cultural, conferindo-lhe apoio “político”. “O meu mandato tem um mês e meio e estou a tentar conhecer o maior número de equipamentos municipais. Este era incontornável pela dimensão, pela qualidade e pelo acervo. Tinha que vir a Guimarães. O trabalho que é feito aqui é fantástico, tem que haver apoio a todos os níveis porque a dimensão do espaço vai além do regional”. Um apoio que, para a Secretária de Estado, “passa pela Direcção Geral das Artes poder apoiar pontualmente com exposições, e pelo apoio político de virmos cá, atrairmos visitantes para mantermos Guimarães no circuito”, sublinhou.
A secretária de Estado esteve de visita a Guimarães, esta quinta-feira à tarde, onde visitou o Centro Internacional e Artes José de Guimarães, na Plataforma das Artes e da Criatividade e assistiu à estreia da peça “Grande Cena”, de Jacinto Lucas Pires, no Centro Cultural Vila Flor.