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Guimarães destina 30 milhões a investimentos “verdes”

Um orçamento de 88,3 milhões de euros que tem como matriz a Capital Verde Europeia. É assim o Plano e Orçamento de Investimentos e de Actividades que foi aprovado esta quinta-feira, 29 de Outubro, na reunião de Câmara de Guimarães. O documento mereceu os votos contra da Coligação Juntos por Guimarães e favoráveis da maioria socialista e da CDU.

A construção de uma Ecovia, da Academia de Ginástica, do Parque de Estacionamento na Rua de Camões e na Caldeiroa são alguns dos investimentos prioritários do município. A maioria dos projectos ainda não está terminada, mas Domingos Bragança, presidente da Câmara, assume que, dos mais de 88 milhões do orçamento, pelo menos 30 são direccionados a obras que têm em vista a candidatura a Capital Verde Europeia. 

“Como sabem, os projectos ainda estão a ser terminados e só com o projecto concluído é que podemos quantificar o valor da obra. Nós vamos constituíndo reservas para saber que dinheiro dispomos e podemos captar”, afirmou o autarca. O conjunto de projectos está dependente dos fundos comunitários. Domingos Bragança lamentou que “o quadro comunitário está atrasadíssimo e está a atrasar Guimarães”.

Já André Coelho Lima, da coligação Juntos por Guimarães, estranhou a data de conclusão da maioria dos projectos. “É um documento que investe tudo em 2017. Guimarães vai estar à espera do ano eleitoral para que todos os investimentos eleitorais cheguem a seu termo. É claro que há sempre justificação para isso. Não me parece justo. É o calendário que mais interessa aos socialistas, mas não é o que mais interessa aos vimaranenses”, atirou o social democrata.

Por sua vez, o vereador da CDU, Torcato Ribeiro, votou favoravelmente o documento, fazendo, no entanto, alguns reparos. “Espera-se que algumas rúbricas com verbas insuficientes sejam corrigidas. Neste plano e orçamento, a CDU não teve qualquer tipo de influencia. É um plano que vai na direcção que a CDU também persegue: um concelho mais justo, mais equilibrado, menos endividado e mais amigo do ambiente”. Este voto favorável de Torcato Ribeiro valeu críticas ao comunista. André Coelho Lima afirmou que a aliança à esquerda parece também existir a nível local. “Nota-se em Guimarães um alinhamento à esquerda semelhante ao que está a acontecer no país. Nota-se, pela primeira vez, se não estou enganado, o documento é aprovado com os votos da CDU, o que significa que há uma postura nova”, lembrou.

Executivo chumba duplicação de verbas para freguesias


A coligação Juntos por Guimarães propôs ao executivo que desse uma maior autonomia às freguesias e um reforço de 2,5 milhões no investimento. Uma proposta que foi rejeita pela maioria socialista. O presidente do município vimaranense justificou a rejeição admitindo que há Juntas endividadas por falta acompanhamento técnico, frisando que a Câmara delegou competências a mais às freguesias.

“Algumas obras foram lançadas por alguns Presidentes de Junta e, como não tiveram equipamento técnico, foram obras que acabaram por resultar em valores superiores aos projectados. O que acontece é que, neste momento, há problemas financeiros nas freguesias. O mais recente foi o de Selho São Lourenço, com um dívida que ronda os 200 mil euros. Já tem 6 anos, está em Tribunal, não permitindo à Câmara Municipal acudir à divida”, esclareceu o presidente.

Mas Selho São Lourenço não é caso único, de acordo com o autarca. “Existem outros problemas de Juntas que se arrastam há alguns anos e estão a ser resolvidos, nomeadamente Airão São João, Brito, Donim, Guardizela e pode haver mais. Os problemas têm que ser resolvidos por própria iniciativa das Juntas”.

Quanto ao aumento do investimento nas freguesias, Domingos Bragança afirmou que o tratamento para cada uma das juntas tem que ser diferenciado. “Temos situações desiguais. Há freguesias que têm os problemas de cemitérios, centros de Junta e escolas resolvidos, enquanto que outras não. Não faz sentido distribuir verbas iguais para freguesias com problemas diferentes”, explicou o autarca.

Do lado da coligação, André Coelho Lima afirmou que a própria Câmara deveria facultar às freguesias competências técnicas. “Com este orçamento reforçado que propusemos, passariam a ter competência técnica para levarem a cabo grandes obras, que, claro, precisam do empenhamento técnico da Câmara Municipal. É um argumento falacioso, porque é dever do poder público e municipal investir nessas competencias técnicas”, afirmou o social democrata.

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