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Governo sugere nova PPP para o Hospital de Braga
A gestão clínica do Hospital de Braga deve continuar a ser uma parceria público-privada (PPP), mas deve ser lançado um novo concurso de forma a assegurar alterações que se consideram necessárias na resposta aos utentes. É esta a conclusão da comissão avaliadora, criada pelo Governo no ano passado, para avaliar a PPP de Braga, cujo contrato atual termina a 31 de agosto de 2019.
A actual gestão é feita pela Escala Braga, entidade que pertence ao grupo Mello Saúde. O relatório intercalar da equipa de projeto com a proposta de nova PPP já foi entregue e aprovado pelos ministérios da Saúde e das Finanças.
O despacho publicado esta sexta-feira em Diário da República dá conta das principais conclusões, onde se refere que “estão reunidas as condições para no caso específico do Hospital de Braga se recomendar a adoção de um modelo de PPP, em detrimento de um cenário de internalização”. A equipa de projeto diz mesmo que se não fossem necessárias alterações, estariam reunidas as condições para propor à atual gestão uma renovação do contrato existente.
Coisa que não irá acontecer depois da Administração Regional de Saúde do Norte ter identificado a necessidade de promover alterações no contrato. Razão pela qual é proposto o lançamento de um novo concurso.
O grupo sugere ainda que seja proposto ao atual gestor a renovação do contrato em vigor, por um máximo de dois anos, de forma a garantir que o funcionamento do hospital esteja assegurado caso o contrato com o novo gestor não esteja operacional antes do fim deste.
Ao DN, A José de Mello Saúde diz ver “como positiva a decisão do Governo de avançar com um concurso público”, considerando “que esta opção defende o interesse público e contribui para a sustentabilidade do SNS”.
Afirma que “está disponível e interessada em participar no futuro concurso para a gestão do Hospital de Braga”, acrescentando que com esta decisão “o Governo vem também reconhecer o excelente trabalho” desenvolvido em Braga.
O DN questionou o Ministério da Saúde sobre o tema, mas não obteve resposta até ao momento.
Uma auditoria do Tribunal de Contas, conhecida no final do ano passado, indicava o contratualizado entre o Estado e a Escala Braga era insuficiente para dar resposta às necessidades da população, levando ao aumento dos tempos de espera nas cirurgias e consultas. O mesmo relatório reconhecia, contudo, que entre 2009 e 2015 os cuidados de saúde oferecidos por aquela unidade aumentaram.
c/DN