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Governo quer baixar número de reprovações nas escolas
O Governo quer reduzir o número de reprovações nas escolas. A ideia é actuar logo na base do problema. A vontade é admitida pelo secretário de estado da Educação, João Costa, que esta terça-feira passou por Braga em mais uma iniciativa de promoção do “Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar”.
Na Escola Secundária D. Maria II, o governante admitiu que os números de reprovações devem preocupar o país, assumiu que os resultados só vão dar frutos a médio prazo, mas avançou que o Governo “vai trabalhar numa lógica de promoção do sucesso, do agir primeiro e não actuar de uma forma remediativa”. “Não vamos esperar que o aluno reprove para depois se recuperar o que já ficou para trás. Isto é algo de novidade, agir numa lógica preventiva e não remediativa”, explicou o governante que afirmou que “já houve muitos planos para lidar com o insucesso”.
Sobre os números, João Costa lembrou que “há taxas de retenção muito elevadas e taxas de abandono escolar precoce acima da média dos países comparáveis com Portugal”.
O governante deu o exemplo do secundário onde há taxas de reprovação acima dos 30%. Lembrou que 35% dos jovens aos 15 anos já reprovaram pelo menos uma vez. Para João Costa estes números “dizem que a reprovação não é eficaz, ou seja, o aluno que reprova é o que tendencialmente tende a reprovar novamente e que os que reprovam são os mais pobres”. Assim, assumiu, “o Governo tem de abraçar isto como causa e vai orientar as políticas para esta população mais vulnerável”.
João Costa acompanhou a conferência de Braga intitulada “Ensinar a ler e a escrever no século XXI – Como fomentar trajectórias de sucesso?” que foi dedicada aos professores e explicou o objectivo deste roteiro que vai ser cumprido no país é “fomentar o agir ao primeiro sinal de dificuldade e o trabalho colaborativo dos professores”.
O governante assume que “não há pretensão de resultados imediatos” porque, considera, “quem achar que os consegue ou é ingénuo ou quer enganar”. João Costa afirmou ainda que o que se pretende em Portugal “é a mudança de práticas e a mudança de culturas”, considerando que os resultados poderão aparecer “daqui a seis anos” se se actuar directamente no pré-escolar.