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Gigantones e cabeçudos de diferentes pontos da Europa invadem Braga na noite de 22 de junho
A cidade de Braga enche-se de gigantones e cabeçudos na noite de 22 de junho, no âmbito da XXXIII edição do Encontro Internacional de Gigantones e Cabeçudos. O evento é organizado pela Associação Cultural e Artística Ida e Volta, que este sábado apresentou o cartaz de 2024.
Inserido uma vez mais nas Festas do São João de Braga, o evento é um dos que atrai mais gente para o centro histórico de Braga. “O primeiro ano e segundo foi uma coisa singela, a descer a Avenida com meia dúzia de gigantones. Hoje em dia, no encontro internacional participam sempre cerca de 1000 a 1200 pessoas, entre gigantoes, cabeçudos, tocadores de bombo”, começa por explicar José Freitas, presidente da associação Ida e Volta. A internacionacionalização aconteceu em 1993 “com o acolhimento do primeiro grupo da vizinha Espanha e a coincidir com a primeira saída do Ida e Volta para fora de Portugal”.
Com o tempo, o crescimento do evento anual é evidente e para esta trigésima terceira edição estão previstas participações de cinco grupos espanhóis e um francês.
Em declarações à RUM, José Freitas assume que apesar “da forte tradição no Minho e norte de Portugal”, estas formas animadas são muito fortes em quase toda a Europa, mas de forma particular em Espanha, França, Bélgica e Holanda.
Entre as preocupações desta associação sediada no Bairro das Andorinhas está a preservação desta tradição. José Freitas confessa que o caminho seguinte deveria passar pela edição de um livro sobre a temática “que nunca foi feito”. “O que fazemos ao longo destes anos é promover e dar a conhecer, não perder esta tradição”, assume José Freitas, assinalando que a associação, além de realizar formações no país, também já viajou até França ou ao Brasil, ensinando como se faz a cabeça de um gigantone.
No desfile do sábado de São João não faltarão figuras icónicas. As imagens, sublinha José Freitas, exigem sempre cuidados redobrados, dada a sua fragilidade. “São trabalhos muito minuciosos e uma cabeça pode demorar um mês a ser construída. Não é que sejam dispendiosos, porque é tudo feito com materiais recicláveis (cartão e jornal), mas a conservação é muito importante porque estes materiais se levarem com um pouco de água lá se vão à vida”, explica.
A 33ª edição do Encontro Internacional de Gigantone e Cabeçudos sai para as ruas do centro da cidade na noite de 22 de junho, a partir das 21h30, véspera da noitada de São João. O desfile começa na Praça do Município e encerra no palco da Avenida Central.