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Geógrafos, pode estar a chegar “uma tremenda oportunidade”
A criação da profissão de Técnico habilitado para a realização de cadastros pode dar um novo fôlego à licenciatura em Geografia e Planeamento. Quem o diz é António Bento Gonçalves, docente e director da licenciatura que forma anualmente, na Universidade do Minho, perto de trinta novos geógrafos.
Em entrevista ao programa da RUM “UM I&D” desta quinta-feira, o investigador realçou a criação da profissão que deverá surgir com a nova Reforma das Florestas que o actual Governo quer implementar. Segundo aquele docente, “a proposta de decreto de lei fala especificamente que só há três formações possíveis para esse técnico de cadastros: arquitectos, geógrafos e engenheiros com formação em topografia”.
Caso a proposta vá para a frente serão necessários “centenas de técnicos habilitados e portanto pode ser uma tremenda oportunidade para os geógrafos, os recém-licenciados ou os que já estão no mercado”, sublinhou.
Recorde-se que oO ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural disse que a reforma da floresta estará em vigor até final de Junho, estimando os custos da sua implementação “entre 500 a 600 milhões de euros”, até 2020.
Do conjunto de medidas previstas, o ministro destacou “a legalização do património, a elaboração do cadastro, a identificação dos proprietários, a criação de entidades gestoras dos espaços florestais, um banco de terra, onde serão colocadas as terras do Estado, para venda ou arrendamento, e os terrenos identificados como sem dono conhecido”. Reforçou a criação de um Balcão Único do Prédio (BUPi), onde os proprietários poderão registar os seus prédios, gratuitamente, até 31 de Dezembro de 2018.
UMinho ultima detalhes para abrir licenciatura em Protecção Civil
O departamento de Geografia e Planeamento está neste momento a a aguardar a abertura da licenciatura em Protecção Civil, “uma falha nas instituições de ensino superior públicas”, uma vez que o curso existe apenas nos Açores.
No programa UM I&D, António Bento Gonçalves recordou o levantamento feito pela insituição minhota no sentido de alcançar este objectivo, uma vez que “há uma grande carência de técnicos licenciados na área da Protecção Civil”. A única universidade pública com esta licenciatura está nos Açores. Existem algumas universidades privadas com esta licenciatura, mas na “profunda análise nacional e internacional” a equipa da academia minhota, que estudou e formalizou a candidatura, detectou que “quase todos os países nas universidades públicas têm licenciaturas na área da Protecção Civil”. Por cá, a candidatura foi aceite apenas com pequenos reparos, por isso a UMinho está “acreditada para poder abrir no espaço de seis anos” essa licenciatura. Por enquanto já estuda as condições físicas e de recursos humanos para dar o próximo passo.