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Futuros médicos da UM fazem de Barreirô uma “aldeia feliz”
O sol tórrido de início de Setembro não desmotivou os futuros médicos da Universidade do Minho a tentar fazer de Barreirô uma “aldeia feliz”. É precisamente esse o nome do projecto que abraçaram e onde prestam apoio médico a idosos isolados. A RUM acompanhou a ida dos estudantes para o terreno.
A iniciativa não ajuda apenas os idosos. Os estudantes de medicina vêm também para aprender a explorar a vertente humana da profissão. No fim, encontram histórias menos felizes. Foi isso que explicou Cátia Fernandes, que faz parte da organização. “Muitas vezes, quando os vemos nos Centros de Saúde ou nos Hospitais, eles estão longe da sua realidade. Podem dizer que têm boas condições, que tem acessos e quando na realidade nao é bem assim. Muitas vezes não têm condições básicas como água, luz e saneamento. Muita gente acha isso impossível”, lembrou.
Uma das vinte e seis estudantes de medicina a participar, pela primeira vez, na “Aldeia Feliz” chama-se Marta Almeida. Abdicou de quatro dias de férias para aprender. “Ajuda-me no contacto com o doente, aprender a falar e ouvi-lo, a perceber as patologias mais pervalentes na terceira idade”, explicou.
A Aldeia Feliz é uma actividade que prioriza a saúde, mas, por vezes, são apenas as conversas que trazem a felicidade. Para Cátia Fernandes, os mais velhos “gostam muito porque têm uma visita do médico, que lhes dá atenção”. “Às vezes precisam mais de falar com alguém. Têm alguém que lhe pergunta o que se passa na vida deles e quais os seus problemas”
Os vinte e seis jovens de medicina só se despedem de Arcos de Valdevez depois de realizarem rastreios cardiovasculares, identificarem de problemas de saúde e mobilidade e a avaliarem as condições de habitabilidade e o grau de dependência dos mais idosos.