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Forma da Vizinhança quer “descentralizar atividades culturais em Braga”
A Forma da Vizinhança – um dos projetos da Braga 25 Capital Portuguesa da Cultura, – promove, esta sexta-feira, às 18h30, no bairro do Fujacal, o primeiro workshop de uma série que procura dar voz e espaço às pessoas de diferentes bairros da cidade de Braga.
“O projeto tem a ver com a história da cidade nos últimos 40 anos. Falamos de zonas urbanas de alta e média densidade, urbanizações e bairros onde grande parte da população vive”, explica Daniel Duarte Pereira, arquiteto e co-diretor dos Space Transcribers, entidade promotora do projeto em parceria com a Echo Coletivo.
O interesse desta atividade passa por conhecer as zonas à volta do centro histórico e, simultaneamente, explorar o tema da “vizinhança hoje em dia”. “O conceito de vizinhança tem mudado bastante. É interessante explorar de que forma se pode comentá-la e estimulá-la”, acrescenta o arquiteto.
Os bairros escolhidos foram o Fujacal, Quinta da Capela, Fontainhas, Parretas, Makro e três hortas públicas: a Quinta da Armada em São Victor, São Vicente e Lameiras. O projeto vai ser dividido em duas fases: a primeira começa com o workshop, esta sexta-feira, e prolonga-se até ao fim de 2024, e a segunda começa no início do próximo ano com a criação de um atlas.
A primeira fase “é um conjunto de workshops, para o qual apelamos aos moradores, ex-moradores e trabalhadores destes cinco bairros que escolhemos. Vamos fazer exercícios de mapeamento, fotografia e reconhecer as identidades destas pessoas e perceber o que é que elas têm de especial na sua especificidade”, afirma Daniel Duarte Pereira.
Na segunda fase, um grupo de oito arquitetos vai ser convidado a desenhar pavilhões temporários nas praças e nos jardins dos bairros. “Portanto, o trabalho deste ano é muito importante para conhecermos exatamente as necessidades e como é que são estes lugares, para depois informar os arquitetos”, acrescenta.
Porquê estes cinco bairros? “Haviam dezenas de sítios que podíamos escolher. Um dos nossos critérios foi a questão da diversidade, portanto, escolher sítios diversificados à volta da cidade de Braga”, conta o arquiteto.
“Acompanhem-nos nesta viagem de descoberta. Façam-se representar nestas cápsulas que estamos a construir”, apela Daniel Duarte Pereira.
A participação nestas iniciativas é gratuita e os interessados podem inscrever-se através do site ou diretamente no formulário. Ainda assim, “quem estiver interessado pode aparecer na zona de trás do Café Flor de Venezuela”, onde vai existir um espaço reservado para receber os vizinhos do Fujacal.