Festivaleiros, atenção ao sol

“Verão bom, mas sem escaldões” é a primeira frase da Directora do Serviço de Dermatologia do Hospital de Braga para deixar conselhos de boas práticas com a chegada do Verão. Ainda assim, nada de desanimar porque “o sol também faz bem”,  diz Celeste Brito.

Os primeiros conselhos são dirigidos aos festivaleiros. A responsável do serviço de dermatologia frisa que “o protector solar está na moda e tem que ser usado”. Nos festivais de verão, jovens, “não se esqueçam, por favor, do protector solar que tem que ser usado regularmente e tem que andar no bolso como andam as chaves”, alertou.

Quanto ao protector solar “menos que 30 não é protector solar” e por isso “deve-se utilizar o 50 até porque passado meia hora esse protector está reduzido às vezes a metade, devido à transpiração, à água”, etc. Até porque apesar de passarem a mensagem de que alguns protectores são resistentes à água, Celeste Brito sublinha que “não são”.

Outra ideia errada que muitas vezes passa é de que ao longo do Verão é possível ir reduzindo o nível do protector solar. Aliás, a Directora do Serviço de Dermatologia no Hospital de Braga responde rapidamente de que “é um disparate. Exposição solar sim, com alto índice de protecção, nunca reduzir o índice de protecção”. Mas há mais disparates, como as sessões de solário para ‘preparar a pele’: “não há preparações, há protecção. Não utilizar e nem fazer os solários, o solário é muito mau e há-de vir a ser proibido, como já está proibido em vários países a nível mundial”, referiu.

Atenção às nortadas

Com o vento e nevoeiro é preciso proteger de igual forma, lembrou a especialista, afirmando que “já muita gente teve essas experiência, de grandes queimaduras solares em dias de nevoeiro e de vento”, e por isso sabe do que se fala.

Quanto às horas mais perigosas para exposição solar, Celeste Brito sublinha que as crianças não podem estar ao sol entre o meio dia e as quatro ou cinco da tarde. Já para os adultos, apesar do risco é essencial uma protecção constante. “Realmente não é a hora melhor, mas se estiverem têm que realmente estar protegidos. As pessoas têm que ter atenção, utilizarem muito protector”, sublinhou. Ainda assim, para a responsável, o melhor conselho que pode dar nestas circunstâncias é “dormir e ir à praia às quatro da tarde”.

Hidratação é outra palavra essencial nesta época do ano, mas o conselho passa por beber água e deixar de parte o refrigerante ou a cerveja em altura de plena exposição solar.

Cancro da pele está a aumentar nos jovens

“Estão a aparecer muitos melanomas entre os jovens”, explicou a especialista, lamentando que “apesar de toda a campanha” a doença estar a aumentar. “Têm de ter em atenção os sinais existentes, devem ser vistos por um dermatologista, porque muitas vezes esses sinais devem retirados antes da idade adulta”, lembrou Celeste Brito.