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Famalicão quer sector das carnes a exportar e inovar mais
Está dado o primeiro passo para a criação do Centro de Competências do Agroalimentar para o Sector das Carnes, em Famalicão. O acordo ente a autarquia famalicense e treze entidades regionais e nacionais foi assinado esta quinta-feira. O centro – que para já não terá espaço físico – pretende potenciar a competitividade e a inovação das empresas através do desenvolvimento científico e tecnológico. A parceria deu-se entre empresas, centros de inovação e universidades, incluindo a Universidade do Minho.
Um projecto que quer alcançar projecção internacional, de acordo com o autarca Paulo Cunha. “Criar um centro concelhio seria impensável e um desperdício de recurso e meios. Temos no concelho um conjunto competências já instaladas e um know-how empresarial único no país”, garantiu.
Há cinco mil pessoas a trabalhar no sector da carne, em Famalicão. Paulo Cunha acredita que “Famalicão tem condições únicas para alojar o Centro de Competências”. “Trazer o projecto para Famalicão não é um acto arbitrário e irracional. Se achássemos que outro concelho teria melhores condições que as nossas, nós proprios diríamos para irmos para lá”, disse.
A autarquia já obteve da CCDR-N um sinal “muito positivo” na disponibilidade de apoios comunitários. Ainda assim, o centro de competências não terá um espaço físico, porque quer “saber aproveitar os espaços e as competências já existentes”. O autarca famalicense questiona: “Se a UTAD ou a Faculdade do Porto têm laboratórios de topo em Portugal e no mundo, por que não utilizarmos? Se temos empresas em Famalicão com das melhores linhas de produção, por que não aproveitar? Vamos criar uma linha de abate só para fazer experiências? Vamos criar um laboratório só para abrir e fechar portas? É por isso que estão aqui os parceiros, caso contrário a Câmara anunciava sozinha este Centro”.
Assim, os apoios comunitários poderão servir para constituir projectos de investigação, contratar doutorados, ferramentas e especialistas. “Não vamos usar os fundos para adquirir aquilo que já temos”, disse o autarca.
Uma das entidades presente no novo centro de competências é a Universidade do Minho. O reitor António Cunha explicou que a academia minhota “tem competências que podem ajudar no desenvolvimento estratégico do sector”, nomeadamente na Engenharia Biológica, “onde as áreas de processamento de alimentos são abordadas”.
Já Pedro Pinto, empresário de Vila Nova de Famalicão, falou aos jornalistas na possibilidade de evolução das empresas que aderiram ao protocolo. “Temos todos algo para dar e muito para receber dos colegas, que terão outros sistemas e métodos”, afirmou.
O acordo foi assinado com as seguintes entidades:
AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal;
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro;
Universidade do Minho;
Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto;
Universidade Lusíada Norte;
CESPU – Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário;
CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal;
CeNTI – Centro de Nanotecnologia, Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes;
CONFAGRI – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola;
FPAS – Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores;
PortugalFoods;
INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária;
ADRAVE – Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave.