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Famalicão: Futuro do mercado municipal é… Ser mercado

“O objectivo é devolver a praça aos famalicenses e tornar o mercado um ponto de paragem obrigatória” dizia, Carlos Martins, da empresa Ópio, durante a apresentação do plano estratégico do mercado municipal de Famalicão. Mais do que um espaço onde possam comprar o “peixe fresco e o pão acabado de sair”, a Ópio quer “elevar o conceito de praça”, perdido há anos na cidade.

Viagens para Barcelona, Lisboa e para o Porto – para ver o mítico Bolhão -, tudo para conceber um ideal de mercado para Famalicão. Actual e adequado aos famalicenses, é o desejo. “Fomos ver o que os outros fazem, tanto para o bem, como para o mal”, revelava o presidente da Câmara, Paulo Cunha, às mais de 50 pessoas presentes.

Inovar, alargar o número de comerciantes e o número de produtos é parte do plano estratégico que tem ainda reservada uma verba para a requalificação do espaço. Este último, o mais desejado pelos comerciantes. O dinheiro, que virá de Bruxelas, foi difícil de conseguir, mas Paulo Cunha conquistou “o que era necessário para avançar com a requalificação” de um espaço com mais de 50 anos.

O projecto já avançou, mas o presidente da Câmara diz que “é preciso ir com calma, para que nada falhe”. Sem revelar o valor da obra nem a data de início, o autarca assegura que “os famalicenses terão um mercado que será motivo de orgulho”.

Um mercado que só vive para os comerciantes

Fala-se em devolver o mercado à cidade, pois há muito que deixou de o ser. “Os comerciantes estão muito disponíveis para colaborar neste projecto”, revelava Paulo Cunha à comunicação social. E estão! Cristina Ferreira foi a voz de cerca de 12 comerciantes que todos os dias vão para a praça, mesmo quando ninguém lá passa. “As obras”, necessárias principalmente para dias de chuva, é o que mais preocupa Cristina. Aqui, sempre choveu, mas mesmo prejudicando o trabalho, “a gente não para”.

Cristina, tal como todos os que aqui têm banca, vão ter voto na matéria. Paulo Cunha não quer um mercado “caprichoso” e, melhor do que ninguém, os pracistas sabem o que é necessário para o mercado renascer.

Cristina diz que “as pessoas agora preferem ir para o parque da cidade” e que já não vão ao mercado, mas que “não é só isso que te mal”. Os fregueses fieis “não a trocam por nada”. Todos os dias a carrinha do peixe passa pelas ruas de Famalicão. “Também entrego em casa de pessoas. Tem que ser”.

O peixe há muito que é tradição na casa da peixeira Cristina, “com muito orgulho”. Há pouco tempo que assumiu a banca. Há 25 que cá anda. A venda do peixe começou com a avó, que foi das que fez a estreia oficial do mercado. A mãe também meteu a mão no robalo e só depois veio Cristina. “Queremos que isto cresça, que venha mais gente”. 


A praça é feita pelas gentes e esta gente é muito daquilo que é a praça. 

Por: Paulo Costa

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