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Exame para especialidade médica tem os dias contados

O exame Harrison vai deixar de ser, em 2018, a única prova que os estudantes de medicina vão ter de fazer para saber qual a especialidade em que podem entrar. A notícia foi avançada pelo jornal Público, que explica que houve um grupo de trabalho que teve várias reuniões para chegar a uma alternativa ao exame Harrison.

A crítica mais frequente a este exame, apelidado de Harrison por se basear exclusivamente no manual de referência Harrison’s Principles of Internal Medicine, é o foco dado a questões estatísticas e detalhes numéricos, com falta de atenção a casos práticos clínicos. Segundo o coordenador da Comissão Nacional, nomeado pelo Ministério da Saúde para a criação da nova prova, António Sarmento, esta situação vai tentar ser corrigida.

A RUM falou com o Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM), que congratula a medida e diz que o exame Harrison “se baseava muito na memorização e eram completamente inúteis para o seu fim, que é seriar estudantes de medicina com base nos seus reais conhecimentos. Daí toda a gente dizer que é uma prova má”. Mar Mateus da Costa, presidente do NEMUM, refere que o novo modelo de avaliação “deverá ser baseado num modelo mais global, ou seja, além de alargar toda a bibliografia a outra especialidade que não só medicina interna, as perguntas vão ser baseadas naquilo que os estudantes realmente deverão saber para serem médicos”.

A nova proposta, segundo o mesmo jornal, vai estar disponível para consulta pública durante o prazo de 30 dias. O novo modelo proposto, que está ainda sujeito a alterações, consoante o feedback que receber e as recomendações que lhe forem feitas no prazo em que vai estar disponível para consulta, prevê alargar as 100 perguntas (número de questões do exame Harrison) para 150. Para o NEMUM haver mais perguntas não é um problema, tendo em conta que “o exame Harrison se focava em questões de estatística e que muitas vezes estavam descontextualizadas do panorama português”. Mar Mateus da Costa congratula também a Associação Nacional de Estudantes de Medicina, que garante ter “sido uma forte presença nas reuniões da Comissão de avaliação da prova, defendeu sempre o parecer dos alunos de medicina em Portugal e sempre defendeu que esta prova deveria acabar, porque tem um modelo completamente ultrapassado”.

No novo modelo de avaliação, segundo as palavras de António Sarmento ao jornal Público, o exame vai contar com uma bibliografia que irá para lá do livro de Tinsley Harrison (cardiologista norte-americano) e será “recomendada uma obra base consensualmente aceite a nível internacional para cada uma das áreas”.

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