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Estudo da UMinho defende indicadores de velocidade com efeito punitivo

Três em cada quatro condutores desrespeitam os indicadores de velocidade. Esta é a principal conclusão de um trabalho do Centro de Investigação em Estudos da Criança da Universidade do Minho.

O estudo observacional ocorreu em março e incidiu em 300 condutores de automóveis na variante do Fojo, uma avenida de acesso ao centro de Braga, com duas faixas de rodagem e diversas entradas e saídas. 


No sentido poente-nascente, o limite de 70 km/h foi ignorado em 56% dos casos, mas sem infrações muito graves. Já no sentido nascente-poente, o limite de 50 km/h foi desrespeitado por mais de 93% das pessoas, dos quais quase metade cometeriam uma infração muito grave, deslocando-se a mais de 70 km/h. Em declarações à RUM, o investigador José Precioso explica que, quanto menor for o limite de velocidade, as pessoas tendem mais a incumprir, chegando mesmo a “valores criminosos”.

Face a um estudo semelhante realizado em 2017, tendo em conta o mesmo local, horário, clima e tipo de veículo, a taxa de incumprimentos subiu, no total, de 57% para 75% naquela via. De acordo com o responsável pela investigação, que realizou o trabalho com as alunas de mestrado Cláudia Nunes e Mariana Branco e a doutoranda Regina Alves, a justificação relaciona-se com a pandemia.


“Se as pessoas virem mais automóveis à frente, moderam-se um bocadinho. Na pandemia há menos trânsito. Como o trânsito é mais diluído, as pessoas aceleram mais”, esclarece.

Para José Precioso, a sensibilização através de radares informativos não chega. O investigador especializado na área de Educação para a Saúde defende que o radar instalado na Variante do Fojo “já não deveria ser meramente informativo”.

Dando o exemplo da VCI – Via de Cintura Interna, no Porto, sublinha que, quando os radares começaram a ser de fiscalização, é que a velocidade de circulação se moderou. “A pessoa vai cheia de pressa para quê? Para chegar a uma rotunda onde vai ficar entupido?! Mais vale ir devagar porque se consome menos combustível, polui-se menos e há menos risco de acidente”, alerta.

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