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Espaço intergeracional de Guisande vence Orçamento Participativo de Braga
Das 89 propostas submetidas ao Orçamento Participativo (OP) de Braga, 40 foram a votação e, no final, apenas oito saíram vencedoras. O projeto mais votado, com 1297 votos, foi o “Espaço de aprendizagem intergeracional”, de Guisande e Oliveira (S.Pedro), que vai receber 85 mil euros.
Criada em 2014, a iniciativa contou, nesse ano, com 136 propostas, o número mais alto de sempre. Antes da pandemia, em 2019, registaram-se 47 propostas e no regresso da iniciativa, em 2022, foram 89. Dos projetos que foram a votação, o número mais elevado foi registado em 2014, com 94 projetos a ser apreciados pelo público, em 2019 foram 38 e no ano passado mais dois. O número de votantes atingiu o pico em 2016, com 11 939, mais do que os 10 468 registados nesta edição.
O “Espaço das Associações”, de Tebosa, ficou em 8.º lugar, e vai receber 60 mil euros, para revitalizar um espaço que está desadequado à sua função e cujo propósito passa por disponibilizar esse espaço às associações da freguesia.
A recuperação do interior da Igreja de Santa Maria da Aveleda, na União de Freguesias de Celeirós, Aveleda e Vimieiro, vai ser contemplada com cerca de 84 mil euros. Trata-se de uma igreja dos anos 50 do século XX, considerada “um espaço nobre para a realização de atividades religiosas e culturais”. O edifício sofreu obras em 2021, mas havia a necessidade de intervir no interior.
A 6.ª posição foi entregue ao Projeto Fronteira, de Priscos, uma iniciativa do padre João Torres, que visa “dar resposta às necessidades de inserção social da população reclusa”. Neste caso, será atribuída a verba máxima, de 85 mil euros.
A requalificação da Capela de Nossa Senhora das Neves e São Gonçalo, em Arentim e Cunha, vai receber 77 mil euros. A capela barroca, do século XVIII, “permite ter uma vista panorâmica, e tem importância do ponto de vista do património cultural para a freguesia”.
O 4.º lugar valeu ao projeto “Sequeira Digital” cerca de 85 mil euros, para colocar “outdoors digitais na freguesia, com o objetivo de divulgar informação sobre associações e de interesse para a comunidade”.
No pódio ficou a iniciativa proposta por Ferreiros e Gondizalves, “De pequenino … se protege o pepino”, que terá 85 mil euros para promover a educação ambiental das crianças integradas no nível pré-escolar.
Uma Capela para Tod@s pretende, com 84 mil euros, recuperar e restaurar a Capela de Nossa Senhora da Graça, em Padim da Graça. São necessárias várias intervenções, tendo em conta “o estado de degradação e antiguidade”.
O lugar mais alto do pódio foi entregue ao “Espaço de aprendizagem intergeracional”, de Guisante e Oliveira (S.Pedro). Ana Barbosa, uma das mentores do projeto mais votado, explicou que o objetivo é “reabilitar um espaço da paróquia para receber jovens, seniores e pessoas de fora, em programas Erasmus, possam conviver e aprender”. “Já tínhamos feito outras valências em orçamentos participativos anteriores, como o centro interpretativo e um espaço de escuta. É uma iniciativa benvinda, que nos ajuda a ter um acréscimo nos projetos e no património da freguesia”, acrescentou.
Orçamento Participativo é “um fator de inovação e de aceleração das políticas municipais”
O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, enalteceu o facto de o Orçamento Participativo ter conseguido premiar projetos de forma muito dispersa por todo o território e ser “muito heterogéneo em relação as áreas de intervenção”. “Temos, em cada uma das edições, projetos que representam todo o território, não privilegiando as freguesias maiores em detrimento das mais pequenas, ou as do centro em relação às da periferia”, sublinhou.
Para o autarca, o OP é “um fator de inovação e de aceleração das políticas municipais”. “Muitos destes projetos são projetos que já estavam equacionados na gestão pública, mas, dentro da linha de prioridades, não estariam na primeira linha de concretização e há quem utilize o Orçamento Participativo para acelerar essa concretização”, afirmou Rio.
O presidente da Câmara lembrou ainda que “um projeto não ser vencedor não equivale a dizer que não vai ser concretizado”, sublinhando que a iniciativa tem “ajudado a concretizar projetos muito interessantes”.
O Orçamento Participativo, disse ainda Ricardo Rio, permite “dar mais voz aos cidadãos, envolver as estruturas locais e enriquecer a ação da gestão pública”.
A 8.ª edição “veio de encontro às expectativas”, garantiu a vice-presidente da autarquia, Sameiro Araújo. “No próximo ano, o regulamento será revisto, com outra visão, e esperamos ir ao encontro das expectativas dos cidadãos”, frisou. Sameiro Araújo adiantou ainda que os projetos vencedores do orçamento participativo jovem, “Tu decides!”, vão avançar para a sua concretização em breve.