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Extrema-direita em França. “Ainda falta a segunda-volta”, lembra José Palmeira

O docente de ciência política da Escola de Economia e Gestão (EEG) da Universidade do Minho, José Palmeira avisa que os resultados das eleições em França dão uma aparente vitória à extrema-direita, mas que pode não se concretizar com a segunda volta, este domingo.

Numa análise à vantagem do partido de Marine Le Pen nesta primeira volta, o especialista realça o acordo dos partidos opositores à extrema-direita.

“Os partidos que se opõem à União Nacional, neste caso a Nova Centro Popular de Esquerda e os centristas moderados de Macron, decidiram que os candidatos que ficassem em terceiro lugar desistiriam a favor dos que estivessem em melhor lugar. O intuito é de provocar uma bipolarização e, com isso, os candidatos que se opõem à extrema-direita votarem no outro candidato”, explica.

O professor da UMinho realça o crescimento da extrema-direita na Europa. Com a vitória de Marine Le Pen, França junta-se à Itália de Meloni e à Hungria de Viktor Orbán.

“Se a esta tendência europeia, somarmos as eleições americanas e a possibilidade de Donald Trump regressar à Casa Branca, vamos ter um cenário internacional muito diferente daquilo que conhecemos nos últimos anos”, diz o docente. “Teríamos governos de países que são relevantes no sistema internacional, governados por partidos ou por líderes nacionalistas”, acrescenta. 

Num contexto de guerra na Europa, este cenário poderá ter consequências:”no apoio à Ucrânia, nos objetivos da Federação Russa e da China e de contestarem a ordem liberal internacional”. “Teríamos aqui, de facto, uma mudança significativa”, conclui.

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