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Edgar Silva assume que “Marcelo é para derrotar”
Edgar Silva, o candidato apoiado pelo PCP para as presidenciais de 24 de Janeiro, esteve hoje de passagem pelo distrito de Braga onde referiu que “Marcelo é, por tudo aquilo que representa, o adversário a derrotar”. O comunista lembrou que “ao ser apoiado pelo PSD e CDS-PP, Marcelo Rebelo de Sousa é visto como o garante para a continuidade e retomar das políticas de empobrecimento que estavam a ser impostas em Portugal”.
O candidato natural da Madeira, que de manhã andou pela cidade de Guimarães em contacto pela população, diz que ouviu o povo, “algo que o actual Presidente da República não faz”. “O Presidente da República tem medo do povo. Onde vai, é apupado e vaiado. Porquê? Porque o povo sabe e sente que este age e decide contra si. O Presidente governou contra o povo e esteve ao lado de um Governo que ostracizou os portugueses”, afirma Edgar Silva que garantiu ainda que, caso seja eleito, não vai ter medo de andar na rua, porque o Presidente da República “tem a função de criar uma relação de proximidade com o povo”.
Edgar Silva lançou a ideia de que o Presidente da República deve ser o “provedor dos portugueses e da nação” e ser, por isso, o seu representante máximo.
Na parte da tarde o candidato, depois de visitar empresas e explorações agrícolas ligadas à pecuária e produção de leite, fez questão de rumar a Braga, onde falou com os jornalistas, antes do encontro ao jantar com Jerónimo de Sousa.
Na conversa com a imprensa, Edgar Silva, juntamente com o vereador local, Carlos Almeida e a deputada eleita no distrito, Carla Cruz, voltou ao contacto com a população local.
Bem no centro da cidade de Braga – repleta de ruas e músicas natalícias -, Edgar Silva fez questão de apresentar a sua candidatura como sendo “patriótica e desavergonhadamente de esquerda”, lembrando que “à esquerda, apenas há uma candidatura”.
O candidato recusou, ainda assim, rótulos partidários aos candidatos, mas afirmou que “seria uma farsa política alguém se apresentar a uma candidatura presidencial sem um compromisso político partidário.”
Foi aí que o ataque a Marcelo Rebelo de Sousa voltou a fazer parte do seu discurso. Edgar Silva acusou o social-democrata de estar ao lado da “política de desastre e de destruição social que vigorou no país nos últimos anos”. “Queremos travar, suster e derrotar essa linha de acção personificada em Marcelo Rebelo de Sousa”, afirmou.
Já após a última golada da chávena de chã da tarde, Edgar Silva revelou-se tranquilo face aos resultados das sondagens divulgadas nos últimos dias e sublinhou que “a procissão ainda nem saiu do adro. Ainda nem se sabe ao certo quais são os candidatos que irão a eleições. Ainda há muito trabalho para fazer até 24 de Janeiro”, salientou o candidato.
Ainda assim, e questionado sobre qual seria o melhor resultado para a sua candidatura na data das eleições, Edgar Silva afirmou que “a vitória é ser Presidente da República à primeira volta”. “Seria uma grande glória. Uma grande festa em Portugal que representava um momento de viragem no nosso país”, concluiu.