Doentes com Parkinson deverão aumentar nas próximas décadas

Há cada vez mais doentes com Parkinson e a doença deverá continuar a aumentar de forma significativa nas próximas décadas. Apesar de não ter cura, a doença tem tratamentos eficazes, pelo que a qualidade dos cuidados prestados é fundamental para a qualidade de vida dos pacientes.

No Dia Mundial do Parkinson, assinalado esta sexta-feira, o Hospital de Braga promoveu uma iniciativa para sensibilizar os profissionais para a doença e apresentar as terapias avançadas implementadas, além de proporcionar um conjunto de conhecimentos teórico-práticos aos participantes.

“A equipa do Serviço de Neurologia da ULS de Braga está motivada, informada e bem preparada para dar uma resposta positiva e eficaz às necessidades dos nossos utentes. Temos estado na linha da frente, oferecendo aos nossos utentes os melhores tratamentos”, referiu a neurologista Margarida Rodrigues.

O evento, organizado por Enfermeiros e Médicos do Serviço de Neurologia, que reuniu cerca de 190 profissionais de saúde de várias instituições de saúde da região, centrou a sua discussão nos processos de referenciação, diagnóstico, características clínicas e progressão da patologia, mas também no papel da enfermagem nas terapêuticas avançadas para a doença de Parkinson. A iniciativa abriu espaço, ainda, à reflexão sobre a abordagem dos problemas motores e não motores associados ao Parkinson.

Estima-se que cerca de 20 mil portugueses sofram desta doença. Os hospitais centrais registam por ano mais de 1800 novos casos e prevê-se que, com o aumento da longevidade da população, esta enfermidade aumente nos próximos 20 anos, afetando cerca de 30 mil pessoas.

À escala mundial, estima-se que existam sete a 10 milhões de indivíduos com Parkinson. A sua prevalência aumenta com a idade, sendo rara antes dos 50 anos, e é mais comum nos homens do que nas mulheres. Contudo, em 5% dos casos, surge antes dos 40 anos.