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Da nova farda ao corte de cabelo, jovens recrutas entram no RC6 para ficar

“Pode entrar mas fique no lugar e desinfete as mãos”. É assim que 1º Sargento Hugo Gonçalves recebe o primeiro grupo de 40 novos recrutas na etapa do fardamento, uma das oito previstas no primeiro dia de formação do Regimento de Cavalaria nº6 (RC6), em Braga.

A unidade de exército deu esta segunda-feira as boas-vindas a uma nova formação, composta por 31 rapazes e nove raparigas, com idades compreendidas entre os 19 e os 25 anos, que nas próximas cinco semanas vai aprender os valores e as regras do exército, como por exemplo saber a melhor forma de marchar. 


Antes disso, e no primeiro dia, o grupo esteve em contacto pela primeira vez com a vida militar. O primeiro passo foi o teste à Covid-19, uma das novas estações obrigatórias para iniciar o percurso.


“Em tempos covid, fazemos o teste rápido para ver se temos algum problema à entrada. Felizmente, todos deram negativo”, diz o enfermeiro do RC6, o tenente Amadeu Silva, recordando que, em caso de teste positivo, a caminhada militar dos novos recrutas ficaria momentaneamente suspensa.

Feito o teste, os recrutas ficam aptos para seguirem as restantes estações, que passam pelo fardamento – onde têm de recolher a farda que vão utilizar no próximo mês e uma semana – e pela barbearia. Após o momento, estão preparados para a formação, que culmina no juramento da bandeira. Até lá, contudo, o tenente Fábio Silva, comandante do esquadrão de formação, admite que há quem desista.

“Há sempre desistências e as justificações são variadas: desde pessoas que vieram experimentar e a ideia não era a que tinham, gente que recebe ofertas de emprego ou razões familiares”, refere o tenente, antes de lembrar que os métodos e o rigor militar são exigentes.

Imune à pressão, no primeiro dia, parecem estar Patrícia, de 19 anos, natural de Vieira do Minho, Gonçalo, também com 19, natural do Pico, nos Açores, Carla, de 22, de Paços de Ferreira, e Caleb, de 19, de Vila do Conde.

Todos invocam razões diferentes para se alistarem no exército. Patrícia foi convencida pelos amigos, Gonçalo chegou à boleia do pai – que já foi militar -, Carla quer ingressar na GNR e Caleb gostou do que viu sobre o exército na internet. O princípio é diferente mas o destino é igual: apreciam os valores e o rigor militar e garantem estar preparados para a exigência.

A primeira prova de resistência são as primeiras cinco semanas, até ao juramento de bandeira. Depois disso, o grupo de 40 recrutas segue para a instrução complementar, durante a qual fica a conhecer a técnica militar e entra definitivamente nos quadros do exército português.

“Esperemos que não haja desistências”, diz o tenente Fábio Silva, que faz lembrar o cada vez menor interesse pela vida militar. Em Braga, o grupo de 40 quer combater a tendência e aumentar o contingente nacional das forças armadas.

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