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Comerciantes obrigados a fechar a porta na Superespecial
O plano de segurança da Superespecial de Braga obrigará muitos comerciantes a encerrarem as portas na tarde de 19 de Maio, perdendo uma oportunidade de facturar mais com a presença de mais pessoas esperadas nas ruas da cidade. Na altura do anúncio da prova em Braga, o presidente do município, Ricardo Rio, anunciava um lucro significativo para todos os comerciantes locais, mas os que têm estabelecimentos nas ruas por onde passarão os pilotos de rali vão limitar-se a bater a porta e esperar por uma compensação da autarquia que já estuda alternativas que possam “compensar” os prejuízos com a medida imposta pelas forças de segurança.
Esta segunda-feira, os vereadores foram chamados a votar o plano de segurança para a Superespecial e deixaram escapar várias críticas ao município exigindo medidas que compensem de forma efectiva os pequenos empresários.
O vereador da CDU, Carlos Almeida, lembrou ontem que a dinamização económica “era bandeira de Ricardo Rio para este evento” e agora exige ao município que “compense os comerciantes que terão o seu funcionamento condicionado”. Entre as contradições referidas pelo vereador na oposição está o ‘alegado negócio de aluguer de varandas’. “Está-se a promover um mercado paralelo e a penalizar comerciantes que pagam impostos”, denunciou. Apesar de compreender que as questões de segurança decididas pelas autoridades devem ser respeitadas, Carlos Almeida, que sugere “isenção de taxas como solução para os comerciantes lesados”, lembrou que os vereadores eleitos pelos bracarenses não foram ouvidos quando a câmara decidiu trazer a superespecial, mas agora foram chamados para aprovar questões de segurança.
Carlos Almeida disse ainda que vai esperar para ver se as regras vão ser de facto seguidas ou se existirão excepções.
PS alerta que comerciantes não estão satisfeitos
Por seu turno, o PS avisa que os comerciantes “não estão satisfeitos” com a decisão, uma vez que o anunciado retorno financeiro não os vai beneficiar. Alguns comerciantes abaixo do Arco da Porta Nova terão sugerido a criação de uma espécie de mercado no jardim para realizar algum dinheiro com a venda de bebidas, mas a sugestão não foi aceite, também “por questões de segurança”. O PS defende que a CMB “terá de compensar os comerciantes com estabelecimentos encerrados”.
Os socialistas criticam ainda o facto de o documento com questões de segurança estar a ser votado antes de muitos comerciantes serem informados formalmente do que lhes vai acontecer. Gil Sousa voltou a apontar para os prejuízos que o município com danos causados no pavimento, dando o exemplo do que aconteceu no Porto há um ano.
Ricardo Rio promete compensar comerciantes
O presidente da CMB continua a defender que o comércio local vai lucrar muito com a realização da prova, sobretudo a hotelaria e restauração e explicou que estão a ser estudadas medidas para compensar aqueles que, por questões de segurança, terão de encerrar as portas.
“O encerramento é determinado por imposição das forças de segurança”, começou por defender o autarca, acrescentando que a autarquia estima mais de 200 mil visitantes na cidade que permitirão que “várias centenas de unidades comerciais e de restauração e de hotelaria estarão completamente repletas nesse dia a beneficiar da realização da prova”.
Ricardo Rio referiu ainda que “a única forma de poder eventualmente ressarcir os comerciantes afectados é através de uma redução de taxas que está a ser negociada com a Associação Comercial de Braga”.
A 18 e 19 de Maio o Mercado Municipal não poderá funcionar. Já no dia 19 de Maio, o perímetro do circuito obriga a encerrar as portas dos estabelecimentos comerciais e de serviços entre as 14H00 e as 23h30.
Percurso da Prova
O percurso do Braga Street Stage terá uma extensão de 1.900 metros, iniciando-se na Praça do Comércio, junto ao Mercado Municipal. Depois de passar pela Travessa do Carmo até à Igreja do Carmo, os participantes terão de descer em direção ao edifício GNRation, passando pela Avenida Visconde de Nespereira, Campo da Vinha e Praça Conde de Agrolongo até estabelecer ligação com a Rua D. Frei Caetano Brandão.
O trajecto contempla ainda uma passagem pelo interior da Praça do Município, até à Sé, contornando na Rua D. Paio Mendes até ao largo das Carvalheiras e descendo até à Rua S. Miguel o Anjo. Além disso, este percurso inclui ainda todo o Campo das Hortas, a Rua Andrade Corvo fazendo ligação com a Rua dos Biscainhos, terminando junto ao Largo do Pópulo, à entrada da Rua do Alferes Alfredo Ferreira.