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ColorAdd torna Taça da Liga mais inclusiva
É na tentativa de tornar a Taça da Liga num evento o mais inclusivo possível que a ColorAdd se associou a esta competição.
Mestre em Marketing pela Universidade do Minho, Miguel Neiva é considerado um dos empreendedores sociais mais influentes do Mundo à custa do projecto Coloradd que pretende ajudar os daltónicos através de um código de identificação de cores que criou. Agora, e depois de aplicado em muitos eventos e, sobretudo em materiais, o ColorAdd chega a esta Taça da Liga. “A parceria acontece normalmente quando há uma vontade dos dois lados em fazer mais coisas. Há um objectivo claro de garantir iguais acessibilidades e inclusão ao nível do desporto”, frisou o criador, ouvido pela RUM.
“O futebol era um bom meio para testar, depois de o fazermos, por exemplo, nos jogos da CPLP”, destacou Miguel Neiva que explicou que o código para daltónicos será aplicado “nos bilhetes, nos acessos a várias zonas no estádio e no exterior, nas credenciais de acesso, no equipamento das equipas no jogo das lendas do futebol e num torneio inter-escolas”.
Neste evento estarão presentes observadores da UEFA que poderão querer replicar esta utilização em provas oficiais europeias, garantiu o fundador da ColorAdd: “Virão avaliar para perceber a possibilidade de replicar este sistema em eventos do futebol europeus e mundiais. É uma oportunidade que não poderíamos deixar de a avaliar”.
Este é um projecto que será suportado por um estudo que será realizado até ao próximo domingo, onde “um conjunto de voluntários vai fazer um inquérito de medição de impacto, para perceber a dificuldade de um indivíduo daltónico num evento desportivo, neste caso no futebol”. Miguel Neiva lembrou o caso Jabulani (bola cor de laranja, “onde se conseguiu sensibilizar a comunidade a não utilizar mais a bola em qualquer jogo oficial”.
Criado em 2000 por Miguel Neiva, fundador e actual presidente da Associação, o ColorADD é um código identificativo exclusivo para daltónicos – existem 350 milhões em todo o mundo – propositado para “criar uma ferramenta capaz de incluir sem discriminar”, não obrigando à assunção da “dificuldade em entender a cor perante a sociedade”.
O sistema de identificação de cores foi já premiado com a Medalha de Ouro da Comemoração da Declaração Universal dos Direitos do Homem dada a sua inovação e responsabilidade social.