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CMVM levanta suspensão das ações da SAD do Benfica

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) levantou, esta manhã, a suspensão da negociação das ações da SAD do Benfica, menos de duas horas depois de a mesma ter sido decretada.


“O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou, nos termos do artigo 214º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213º do Código dos Valores Mobiliários o levantamento da suspensão da negociação das ações Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD, na sequência da informação incorporada no mercado”, lê-se num comunicado publicado na página oficial da CMVM.

O levantamento da suspensão das ações da sociedade, com efeitos a partir das 8h45 de hoje, segue-se à anterior decisão de suspender a negociação, às 6h54.

No comunicado emitido ao início da manhã, a CMVM tinha anunciado a suspensão da negociação das ações, recordando que “nos últimos dias tornaram-se do conhecimento público indícios de irregularidades diversas, suscetíveis de afetar a Sport Lisboa e Benfica — Futebol SAD (Benfica SAD), de impactar o seu governo societário e de criar opacidade sobre a composição da sua estrutura acionista”.

Na nota, a CMVM adiantava procedera a averiguações no sentido de assegurar a disponibilização ao mercado de toda a informação relevante relativamente à governação e à estrutura acionista atual da Benfica SAD e que havia pedido esclarecimentos a Luís Filipe Vieira, José António dos Santos, John Textor, José Guilherme, Quinta de Jugais e ao Sport Lisboa e Benfica”.

“Dada a ausência de cumprimento de deveres de comunicação de participações qualificadas (…) e existindo fundadas dúvidas sobre a identidade das pessoas a quem possam ser imputados, à presente data, os direitos de voto respeitantes a participações qualificadas na Benfica SAD (…), a CMVM tomou já medidas no sentido de repor a transparência das referidas participações e responsabilizar os infratores pelos incumprimentos dos deveres de transparência e comunicação ao mercado”, referia a nota.

A Comissão afirmava ainda que “caso a opacidade persista, e até que a transparência seja integralmente reposta, a CMVM poderá determinar a suspensão do exercício do direito de voto e de direitos de natureza patrimonial inerentes às participações qualificadas em causa”.


O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, foi detido – juntamente com Tiago Vieira, filho deste, o agente de futebol Bruno Macedo e o empresário José António dos Santos, conhecido como “o rei dos frangos” -, na quarta-feira, numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado e algumas sociedades.

Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) estão em causa factos suscetíveis de configurar “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais”.

TSF

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