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CMBraga tem propostas para vender antiga Fábrica Confiança
A Câmara Municipal de Braga já recebeu várias propostas de privados para adquirir a antiga Fábrica Confiança.
Gorada a hipótese de receber fundos comunitários para a intervenção no local, e sabendo-se que o município não considera a intervenção no espaço como prioritária, o futuro da antiga fábrica Confiança poderá mesmo passar pela sua alienação por valores superiores aos da expropriação, que aconteceu em 2012. Quem o admite é o próprio presidente do município, Ricardo Rio, que, após reunião do executivo, explicou que “neste momento o município não tem disponibilidade para intervencionar o local”, referindo que “não é novidade que já foram recebidas propostas de alienação da fábrica”.
O edil assume que a Câmara “não tomou qualquer decisão sobre a matéria porque entende que não a deve tomar de uma forma precipitada”.
Na reacção, Carlos Almeida, vereador da CDU, afirma que esta é uma alienação que contraria o propósito da expropriação do local que, recorde-se, custou mais de 3 milhões e meio de euros aos cofres do município em 2012. “Seja o que for, contraria em absoluto e de forma inequívoca o motivo da expropriação e do concurso de ideias, para além das expectativas que forma criadas pela população”, frisou o comunista que lembra que em causa fica a “estratégia de ligação da cidade à universidade, da reabilitação de toda a área, da aproximação dos estudantes à cidade, da criação de novos serviços”.
“Isto só nos pode merecer uma absoluta rejeição”, sublinhou o vereador da oposição comunista.
Ainda assim, Ricardo Rio não deixa de parte uma intervenção no local, isto se houver, por exemplo, “reprogramação dos fundos comunitários”, lembrando que “este é um processo a avaliar”.
Já Hugo Pires, vereador do Partido Socialista lembra a ideia de Ricardo Rio de fazer nascer no espaço um “Museu da cidade” e explicou que o executivo “não tem a mínima ideia do que fazer no local”.
“Aquilo vai ficar parado porque não há qualquer ideia sobre o que ali se vai fazer”, afirmou Hugo Pires.
Recorde-se que para o local esteve, ao longo dos últimos meses, pensada a construção da nova sede da Associação Académica da Universidade do Minho. Um projecto que “caiu por terra” no momento em que o município abdicou da intervenção no local com fundos municipais.
O presidente do município confirmou que o uso comercial é a finalidade de cada uma das propostas recebidas pelo município.