CMB: horas extraordinárias vão custar mais de meio milhão

Afinal o pagamento de horas extraordinárias tendo em conta o regresso às 35 horas semanais imposto pelo actual governo vai custar aos cofres da Câmara Municipal de Braga mais de meio milhão de euros por ano.

A autarquia acaba de selar o compromisso com o sindicato dos bombeiros sapadores da aplicação das 35 horas semanais. A partir de hoje, cada turno vai contar com 21 elementos.

O executivo voltou a fazer as contas e os duzentos mil euros passam, afinal, para mais de meio milhão por ano.

Esta tarde no novo edifício dos Bombeiros Sapadores, Ricardo Rio, presidente do município,  reconheceu que o número que usou durante muito tempo é desmentido “completamente” com este novo acordo com os Sapadores. “Disse na altura que o custo sensível de horas extraordinárias que teríamos de pagar no município todo rondaria os 200 mil euros. A verdade é que, fizémos os cálculos agora, a propósito deste acordo, exclusivamente nos Bombeiros municipais, vamos ter que dispender cerca de 200 mil euros. Se extrapolarmos isto para o resto do universo municipal estaremos a falar de valores acima do meio milhão de euros”, explicou o edil bracarense.

Encargos que aumentam e que terão de ser suportados para a autarquia. Ricardo Rio reconhece que “as verbas gastas em recursos humanos não são gastas noutras componentes”, mas a autarquia tem que “acatar a lei”, assumiu.

O protocolo assinado esta quarta-feira aconteceu no novo edifício dos Bombeiros Sapadores de Braga. Foi inaugurado no início do mês passado, mas apenas esta noite estará operacional. O turno de mais logo vai “estrear” o novo quartel localizado nas imediações do Estádio Municipal de Braga.

A autarquia assinou hoje o documento que regulamenta a aplicação das 35 horas semanais e a sua regulamentação. Um acordo que se “vai reflectir na melhoria das condições de trabalho” da companhia, assegurou Sérgio Carvalho, presidente do SNBP.