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Cibersegurança e Ciberdefesa, a nova pós-graduação da UMinho
A Universidade do Minho arranca este mês com uma pós-graduação em Cibersegurança e Ciberdefesa.
É um passo em frente na parceria com mais de dez anos entre a Universidade do Minho e da Academia Militar.
O curso será ministrado precisamente em Lisboa e no campus de Azurém, em Guimarães, dinamizado, entre outros, por Henrique Santos, professor da Escola de Engenharia.
À RUM o docente explicou que a pós-graduação visa “tentar colmatar dois problemas prementes: a falta de competências técnicas e científicas quer ao nível da cibersegurança quer ao nível da ciberdefesa. Há muitos problemas que têm surgido ultimamente, temos ouvido falar muitas vezes em ataques e o que se repara é que há uma limitada disponibilidade de pessoas com capacidade técnica para responder a todas estas questões”.
Por isso, a pós-graduação em Cibersegurança e Ciberdefesa destina-se, sobretudo, a determinadas áreas, até porque é necessário um conhecimento de base. Segundo Henrique Santos o problema “é muito complexo”, cobrindo actividades técnicas, actividades de gestão e actividades de investigação “judicial”. O docente explica que os três perfis de formação “não correspondem a competências de base iguais”, daí que “por estas formações, as competências que é necessário desenvolver vão exigir conhecimentos técnicos, mas também conhecimentos legais e de gestão”.
Quem tem um maior conhecimento sobre gestão “terá uma apetência maior para depois seguir a gestão de segurança de informação”. Já quem vem do lado do Direito “terá mais competência para a análise forense”. Com estes dois exemplos, Henrique Santos é directo na finalidade: “não diria que isto é claramente uma pós-graduação orientada para gente que vem das áreas das tecnologias da informação, não diria isso de forma nenhuma”, sustentou.
A Universidade do Minho tem estado a fazer formação na área de Cibersegurança nos últimos anos, mas agora de uma forma mais completa. O docente recorda que a ligação à Academia Militar já tem mais de dez anos, mas destaca a ligação mais recente à NATO. “Houve o envolvimento mais sério e profundo da NATO, mais recentemente porque a NATO vai construir em Oeiras, muito brevemente uma Academia de Cibersegurança que vem substituir a antiga que estava em Itália e este projecto de pós-graduação está enquadrado também nesta estratégia”, explicou.
O curso de um ano de cibersegurança e ciberdefesa decorrerá em Lisboa e no campus de Azurém, em horário pós-laboral e inclui um vasto programa de visitas e conferências.
Destina-se a quadros licenciados e gestores civis e militares, incluindo as Forças Armadas e Forças de Segurança. As inscrições decorrem até 8 de Novembro, nos sites das instituições promotoras.