Copyright © – RUM
Todos os direitos reservados.
Designed and developed by Gen Design Studio
Cerca de 20 países pedem triplicação de energia nuclear mundial até 2050
Cerca de 20 países apelaram hoje, numa declaração conjunta, para a triplicação da capacidade mundial de energia nuclear até 2050, em comparação com 2020, a fim de reduzir a dependência do carvão e do gás. O anúncio foi feito por John Kerry, enviado dos Estados Unidos para o clima, durante a 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28) que decorre até 12 de dezembro no Dubai.
A China e a Rússia, os maiores construtores de centrais nucleares do mundo, não estão entre os signatários. Além de Estados Unidos, França e Emirados Árabes Unidos, assinaram a declaração Bulgária, Canadá, República Checa, Finlândia, Gana, Hungria, Japão, Moldova, Mongólia, Marrocos, Países Baixos, Polónia, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Suécia, Ucrânia, Coreia do Sul e Reino Unido.
“A declaração reconhece o papel fundamental da energia nuclear para alcançar a neutralidade em emissões de carbono até 2050 e para manter o objetivo de (limitar o aquecimento global a) 1,5°C”, afirma o texto. “Sabemos, com base na ciência, nos factos e nas provas que não podemos atingir a neutralidade carbónica até 2050 sem a energia nuclear”, afirmou John Kerry.
O Presidente da Roménia, Clausus Johannites, explicou que a energia nuclear representa para o país europeu “uma fonte de energia estável que contribui para a segurança energética e para a descarbonização”.
Os países signatários apelam também às instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial, para que incluam a energia nuclear nos financiamentos aprovados. “Existem disposições estatutárias, por vezes em certas instituições de crédito internacionais, que excluem a energia nuclear. Penso que isso é completamente obsoleto”, afirmou à agência France-Presse o diretor-geral da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi.
Os promotores da energia nuclear dizem que esta é flexível, praticamente não emite gases com efeito de estufa e é um meio incomparável de produzir eletricidade limpa e abundante. Do outro lado, alguns ecologistas apontam pontos negativos, como riscos de acidentes e o elevado custo desta energia.
LUSA