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CEM critica administrador da Bragahabit
O grupo Cidadania em Movimento acusa o administrador da Bragahabit de não ter protegido os cidadãos de etnia cigana na cidade. Em causa um artigo de opinião de Vítor Esperança acompanhado de uma tabela descritiva onde estão assinalados os números absolutos das famílias ciganas que vivem nos bairros de Braga e que são apoiados por aquela empresa municipal.
Paula Nogueira, do CEM, lembra que esse tipo de dados não podem ser divulgados dessa forma e que este artigo só serve para promover a discriminação para com a população de etnia cigana. “Quando estamos a falar de uma etnia que tem problemas históricos na segregação é inadmissível que seja uma entidade pública a reforçar esse estigma com a discriminação dos dados da maneira como foi feita”, começou por explicar à RUM a deputada municipal.
Ainda assim, Paula Nogueira reconhece que a intenção de Vítor Esperança seria desmistificar a ideia de que as famílias ciganas são a maioria dos beneficiários dos apoios da Bragahabit. Para Paula Nogueira, foi “pior a emenda que o soneto” e lembrou que esta divulgação dos dados só é justificável em estudos académicos. A deputada da CEM avisa que “não existe discriminação em termos estatísticos e em termos oficiais” e por isso “a Bragahabit não podia ter feito o que fez”, considera Paula Nogueira, sublinhando que situações como esta podem e devem ser evitadas. Paula Nogueira pede “mais ponderação, mais auscultação e menos precipitação”, referindo que o deputado da CEM, Carlos Silva, que há muito estuda a problemática dos ciganos, podia ter colaborado com o administrador da Bragahabit nesta matéria.
O CEM vai expor o caso à Comissão Parlamentar de Direitos, Liberdades e Garantias, à Secretaria de Estado para a Igualdade, ao Provedor de Justiça e à Alta Autoridade para a Comunicação Social.