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CDS acusa Governo de declarar morte ao ensino particular
O CDS-PP em Braga garante estar ao lado das escolas de ensino particular e cooperativo contra aquilo que considera “a morte deste tipo de ensino”. O Governo quer cortar no financiamento. Actualmente, por turma, o estado transfere para os estabelecimentos particulares 80.500 euros. O Ministério da Educação já garantiu que não haverá interrupção de percursos educativos, ou seja, a meio do ciclo de estudos, mas pretende deixar de financiar turmas em colégios privados quando existir oferta pública no local.
Depois de ver aprovada uma moção, em sede de Assembleia Municipal de Braga, que rejeita a posição do ministério da Educação, os centristas voltam a terreiro para reafirmar que vão lutar contra os anunciados cortes para escolas particulares e cooperativas.
Esta manhã, na sede do CDS-PP Braga, o vice presidente, Manuel Rocha reprovou a posição do governo de António Costa. “Há um complexo ideológico. Não são questões financeiras, não são questões processuais, é apenas ideologia. Este governo, controlado completamente por esta esquerda radical, quer formatar toda a nossa população, desde pequenos, para que a nossa ideologia seja uma ideologia estatizada”, atirou o centrista.
O CDS-PP Braga defende que é preciso “aprender a viver com as três soluções” e que o ensino cooperativo deve ser olhado “como um ensino de excelência e não como uma ameaça”. Dando o exemplo de uma escola pública referida recentemente pela secretária de estado – que ficou vazia porque os pais escolhiam o ensino particular educativo – Manuel Rocha defendeu que a opção destes pais foi feita “pela qualidade e pela exigência”, aquele que “deve ser o foco” de quem governa.
Lídia Dias lembra importância da Alfacoop para os bracarenses
A centrista Lídia Dias, que é também a vereadora da Educação em Braga criticou o governo nesta matéria, que “ignora aquilo que já estava contratualizado” com as referidas escolas. Lídia Dias realça a importância do ensino privado e cooperativo, nomeadamente o impacto da Alfacoop no concelho de Braga. “Como é que nós podemos, a uma instituição como a Alfacoop, que está em Ruílhe desde 1968 a prestar um serviço público e a trabalhar para aquela comunidade, pura e simplesmente ignorar todo um trabalho que ela fez”. Lídia Dias lembrou que “quando o Estado não esteve lá, a Alfacoop deu resposta”, ainda assim, “agora por questões ideológicas” não é permitido que “as famílias que fizeram conscientemente escolhas possam no imediato cumprir os seus ciclos e tenham pura e simplesmente de dizer que aquilo acabou e que está fechado”.
O CDS continua a defender a “liberdade de ensino” e Lídia Dias pede ao governo “sensibilidade”. Para a centista, “o que está em causa para além da escola de cada um é uma sociedade que se vai alterar”. Isto porque, entre as consequências, lembrou a militante do CDS, aparece o desemprego. Serão enviados para o desemprego “professores, auxiliares de acção educativa e assistentes operacionais e assistentes técnicos”, frisou.
A escola pública, a escola privada e o ensino cooperativo são três realidades com as quais “é preciso aprender a viver” e “não assobiar para o lado e fazer de conta que estas escolas não existem”, assim como “um conjunto de pessoas a trabalhar nestas instituições e com alunos todos os dias a aprender”, acrescentou aquela responsável.
A Câmara Municipal de Braga já reuniu com a Alfacoop, instituição que na próxima sexta-feira se vai manifestar contra o poder executivo central. O CDS-PP garante que se vai associar a todas as manifestações públicas de apoio a esta causa.
Recorde-se que na Assembleia Municipal de Braga a moção apresentada pelos centristas foi aprovada pelo CDS-PP e pelo PSD, mas contou com os votos contra do PS, da CDU e dos deputados do Cidadania em Movimento. Entre os presidentes de junta verificaram-se votos a favor, votos contra e abstenções. O CDS-PP Braga “estranhou” até a reprovação por parte do presidente da junta de freguesia de Ruílhe, freguesia onde funciona a Alfacoop. Note-se, no entanto, que o voto do presidente do presidente da Junta de Freguesia de Ruilhe, António Araújo, foi favorável à proposta, ao contrário do que é afirmado por Manuel Rocha.
Afectadas pelas novas medidas do Governo, só no distrito de Braga, estão oito instituições de ensino particular e cooperativo.