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CDS: a esquerda está a “fazer claque” contra Rui Barreira
O CDS saiu em defesa de Rui Barreira. Depois de o Governo ter aberto um inquérito ao actual director do centro distrital, o seu partido assinalou que os recentes ataques são de “cariz pessoal”. Para o CDS de Guimarães, há uma “onda vermelha” a “fazer claque” contra o centrista.
Um grupo de funcionários enviou um relatório ao Governo no qual acusa o director do Centro Distrital da Segurança Social de processos disciplinares, mudanças forçadas de funções e locais de trabalho e bullying profissional. Para o presidente da concelhia do CDS, Orlando Coutinho, o grupo de trabalhadores está a aproveitar “a onda vermelha” para ficar “mais uns dias no recato do absentismo, a troco de uma tarefa política que foi claramente encomendada pelo PS, BE e PCP”, atacou.
Entre os cerca de 600 trabalhadores do centro distrital, 100 estarão em casa, entre processos disciplinares e baixas por doença, a maior parte por razões psicológicas. Em declarações à RUM, Orlando Coutinho diz que se tratam de “absentistas” que “querem viver na sombra do Estado”. “Rui Barreira foi a primeira pessoas a denunciar um absentismo em massa de uns quantos trabalhadores, de uma forma prolongada. É fácil estar a «virar o bico ao prego» e dizer que os trabalhadores estão em puro absentismo por culpa de Rui Barreira”, afirmou.
Orlando Coutinho atacou ainda PS distrital, dizendo que este “já tem um lugar reservado” para “um amigo do partido” ocupar cargo de Rui Barreira. “Como agora o preenchimento do lugar é feito por concurso público, os socialistas locais estão a apresentar um processo absolutamente kafkiano para nomear, sem recurso a esse concurso público, alguém do seu pessoal político”, atacou.
Recorde-se que o ministro Vieira da Silva disse estar à espera que o director do centro distrital apresente a sua carta de demissão. A resposta do CDS é dizer que a coligação de esquerda está a “fazer claque” contra Rui Barreira. “Desta coligação negativa de esquerda, que está agora a sustentar o Governo, está a fazer de claque, juntando-se aos sindicalistas da CGTP”.
Quanto às palavras do Ministro, Orlando Coutinho afirma que estas “demonstram que é um homem que não lida muito bem com a pressão. Sobretudo quando ela vem das «catacumbas cabeceirenses» do seu partido”. O presidente da concelhia diz mesmo que Vieira da Silva poderia ter optado por seguir o exemplo de João Soares, Ministro da Cultura, que dispensou António Lamas da direcção do Centro Cultural de Belém.
Recorde-se que Rui Barreira afirmou que, caso o PS fosse governo, não passaria nem mais um dia como director do centro distrital de Braga. A permanência de Rui Barreira deve-se à alteração do quadro legal, diz Orlando Coutinho. “O cargo de director de centro distrital era, antigamente, um lugar de pura nomeação política. Actualmente o lugar é de concurso público e a esse lugar candidataram-se uma série de pessoas de vários quadrantes políticos. A CRESAP, o organismo público que avalia os currículos e faz entrevistas, deixou o Rui Barreira classificado nos três primeiros lugares”, adiantou. Um dado que, para o CDS local, é prova da legitimidade de permanência no cargo.