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Cantinas escolares de Braga podem vir a ter refeição 100% vegetal
As cantinas escolares de Braga podem, no futuro, incluir uma refeição 100% vegetal, depois da recomendação apresentada em dezembro de 2023 pelo PAN, em sede de Assembleia Municipal, ter sido analisada pela comissão permanente de educação cultura, desporto e juventude.
Em fevereiro passado, a referida comissão promoveu uma reunião que envolveu especialistas e representantes de escolas e encarregados de educação, a maioria com elogios à medida sugerida pelo PAN, ainda que com algumas ressalvas que a comissão fez questão de apresentar na última assembleia municipal, na sexta-feira.
Segundo Fausto Farinha, presidente da comissão, este é o tempo de intensificar a informação junto da comunidade escolar para as mais valias de refeições 100% vegetais.
Entre os motivos enumeados para não recomendar uma implementação imediata estão os contratos plurianuais para o fornecimento de refeições. Segundo o socialista, “o prévio envolvimento e formação de toda a comunidade educativa é ainda mais relevante para que a iniciativa seja compreendida e com uma adesão que crie hábitos duradouros”. Por isso, a recomendação passa pela “inclusão do projeto de implementação de refeições 100% vegetais nos refeitórios das escola no projeto educativo e no plano anual de atividades dos agrupamentos e escolas do concelho”. Além disso, a recomendação aponta que a oferta deste tipo de refeições pode ser “ajustada à especificidade e realidade de cada entidade”. Por fim, sugere a abertura de “um concurso concelhio com vista a premiar iniciativas neste âmbito, como por exemplo as escolas com melhor prato de alimentação saudável”.
A proposta de recomendação foi aprovada com 10 abstenções e nove votos contra, dos deputados do CDS, do Chega, do PPM e de três presidentes de junta.
Gostávamos que o projeto começasse em 2025 não esperando pelo próximo executivo – PAN
O deputado municipal do PAN, Tiago Teixeira lamenta que a proposta de recomendação seja atirada para um próximo executivo, mas admite que está dado o primeiro passo. “Relembramos que a proposta apenas carece de vontade política para ser implementada nos próximos dois anos, tal como foi noutros municípios. Este texto final apresentado não é o ideal. Gostávamos que o projeto começasse em 2025 não esperando pelo próximo executivo. Ainda temos uma breve esperança, mas pode ser um passo na direção certa precisando de uma implementação verdadeiramente ambiciosa, de visão política e, acima de tudo, de vontade.
Esperamos que o executivo assuma o seu papel de liderança e que esta proposta saia da mesa da senhora vereadora para a mesa das cantinas escolares”, concluiu.
O deputado do PPM justificou o voto contra, defendendo que “uma refeição vegetariana nem é superior nem inferior a uma refeição equilibrada não vegetariana”.
Já o PSD acompanhou a recomendação com o deputado João Alcaide a afirmar que “o sentido, alcance e espírito subjacente à recomendação faz todo o sentido”.