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Canil de Braga: município antecipou-se à nova lei
Braga antecipou-se à nova lei que vai acabar com o abate de animais errantes e disponibilizou-se até para ajudar a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP). Quem o diz é Rui Morais, administrador da Agere, no dia em que a TSF noticia que os municípios reivindicam mais verbas para poder cumprir com o plano de recolha de animais abandonados.
Esta terça-feira, contactado pela RUM, o administrador da empresa municipal elogiou a finalidade do Governo com o projecto da portaria da Lei nº27.2016, mas assumiu que é preciso ajudar mais os municípios nesta matéria e sublinhou a necessidade de analisar o que está na origem do abandono dos animais. “A meta que a lei estabelece é o que toda a gente pretende, o fim dos abates e deixar de haver animais nas ruas, mas não podemos olhar para a lei isolados”, começou por explicar Rui Morais. “É preciso actuar sobre as causas do abandono animal”, sublinhou
Em 2016 a Câmara Municipal de Braga investiu aproximadamente 100 mil euros no canil/gatil municipal “antecipando-se” na criação de condições para a esterilização animal “para evitar animais errantes na rua”.
O abandono de cães e gatos é uma realidade constante no concelho, reconhecida pelo responsável da Agere, que sugere um conjunto de medidas que dificultem a atitude dos donos destes animais, entre elas a obrigatoriedade de identificação animal a cães e gatos independentemente da idade, o aumento dos valores das coimas por falta de identificação, intensificação da fiscalização de anúncios na internet e restrição da venda de animais a criadores profissionalizados.
“Braga não está com um problema grave”, considera Rui Morais
Segundo o administrador da Agere, Braga “não está com um problema grave” no que respeita aos animais abandonados nas ruas ou à lotação da capacidade do canil. Já a esterilização “tem-se feito com a cadência que os próprios meios técnicos permitem” e admite que a população bracarense tem estado atenta e consciente para a adopção animal.
Solidária com os restantes municípios que têm entre um e dois anos para se adaptarem à nova lei, a empresa municipal enviou um conjunto de sugestões para a Associação Nacional de Municípios Portugueses sobre esta matéria. “A lei não traz com ela um pacote financeiro para que muitos desses municípios se possam adaptar à lei e isso também cria problemas”, alerta, acrescentando que “em determinado espaço de tempo pode haver um aumento de animais por recolher nesses municípios o que cria mais animais errantes na rua”. Ainda assim, reafirma que a lei em causa “traz metas que todos os municípios devem lutar para alcançar”.
No canil/gatil municipal o principal trabalho de acompanhamento destes animais abandonados é feito por uma reconhecida associação de voluntários, a ABRA – Associação Bracarense Amigos dos Animais – que diariamente passam algumas horas com cães e gatos abandonados que ali se encontram. A alimentação fica a cargo dos voluntários que se deslocam de forma rotativa, assim como a divulgação da situação destes animais com o objectivo de os entregar a famílias preparadas e interessadas em acolher o animal.