Menu

RUM Social

Copyright © – RUM
Todos os direitos reservados.
Designed and developed by Gen Design Studio

Cancro da pele está aumentar entre os jovens

O verão já começou e, por isso, a exposição ao sol é mais frequente nesta altura do ano. As queimaduras solares estão, muitas vezes, na base de alguns tipos de cancro de pele. Celeste Brito, diretora do Serviço de Dermatologia do Hospital de Braga, alerta para a necessidade de evitar a exposição ao sol em horas de maior calor, entre as 11h00 e as 17h00. Além disso, é imprescindível “usar chapéu e protetor solar”. “Infelizmente, com uma gama de protetores solares tão variada, vemos, cada vez mais, queimaduras solares”, alertou a dermatologista.

No entanto, não chega colocar protetor solar apenas uma vez, sendo necessário aplicar várias vezes ao dia. “Nunca menos que um protetor 30+, sendo que é de consenso usar o 50+”, denotou.

Outro dos aspetos que importa ter em conta é a colocação do protetor “em todas as áreas do corpo”. “Na cara, não esquecer as orelhas e a parte de trás do pescoço ou o dorso dos pés”, exemplificou.

Para quem tem crianças com menos de três anos, “o protetor solar mineral é o mais indicado, bem como o uso de fatos inteiriços”.

Os agentes carcinogénicos ambientais, nomeadamente a radiação ultravioleta da luz solar (UV), podem estimular o crescimento exagerado das células da epiderme (hiperplasia) e originar mutações no ADN que levam ao aparecimento de células anormais. Estas células, ao multiplicar-se, originam um clone celular atípico (displasia). Se o processo não for travado, essas células atípicas irão continuar a proliferar de forma descontrolada, acabando por dar origem a uma lesão maligna localizada (in situ) que, gradualmente, vai aumentando de volume e origina um tumor (neoplasia).

“Solário aumenta muitíssimo o risco de cancro”

O melanoma é o tipo de cancro de pele mais agressivo e mortal, embora seja o menos prevalente. Segundo Celeste Brito, “as queimaduras solares em crianças devem evitar-se ao máximo numa criança, porque a repercussão do cancro é muito maior”. Este tipo de cancro está a aumentar e, embora silencioso, pode manifestar-se através de sinais ou manchas.

Os carcinomas são cada vez mais comuns em pessoas mais jovens, “porque as pessoas fazem grandes exposições ao sol e sem protetor”.

Segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, em Portugal surgem, anualmente, cerca de 1500 novos casos de melanoma. Nos países ocidentais, todos os anos o melanoma tem aumentado.

“O solário aumenta muitíssimo o risco de cancro, porque dá uma falsa proteção. Usem os autobronzeadores, que não têm perigo, porque a pessoa sabe que tem que por protetor, já o solário promove o envelhecimento precoce da pele e estimula sinais”, acrescentou a diretora do serviço de dermatologia. Por isso mesmo, acrescenta, “a Austrália e alguns países da Europa têm completamente banidos os solários”.

Do número de cancros da pele detetados, “há uma parte que podia ser evitada se as pessoas começassem a ter mais cuidados”. Os tratamentos estão mais evoluídos, mas não há ainda cura para cancros como o melanoma. “A transformação de alguma mancha ou sinal, aos cinco anos de idade, pode ter uma taxa de sobrevivência de 100%, se detetada precocemente, mas, se deixarmos que evolua, desce para 20%”, finalizou.

Com a chegada do verão, chegam os festivais e Celeste Brito deixa um conselho aos festivaleiros: “Protejam se do sol, durmam de dia , mas não na praia, estejam bem protegidos e divirtam-se de noite”. 

Partilhe esta notícia

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem