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Câmara de Guimarães sai da Águas do Norte

É oficial. A Câmara de Guimarães já não é sócia da estrutura Águas do Norte. O executivo vendeu as acções que tinha na empresa de abastecimento de água e de saneamento do Norte de Portugal. Em troca recebeu da entidade cerca de 4 milhões de euros. Uma medida deliberada na reunião do executivo desta quinta-feira.

Não sendo sócia, a Câmara de Guimarães continua a ser cliente da Águas do Norte. Isso mesmo explicou o autarca Domingos Bragança. “Saímos daquilo que já não contavamos. Estar ou não estar é a mesma coisa. Estavamos a mais”, sintetizou. “É bom que tenhamos o conhecimento que a água, quer em alta quer em baixa, e o saneamento em baixa, já nao faziam parte das Águas do Norte. Isso é competência da VIMÁGUA, que é empresa municipal, detida em 90% por Guimarães e 10% por Vizela. A nossa única responsabilidade, neste momento, é ser cliente e não sócios”, explicou.


O Presidente da Câmara de Guimarães admite que o seu objectivo é criar um sistema de abastecimento de água e saneamento que tenha semelhanças ao de Braga. “Não foi só Guimarães que fez isto, foram muitos outros municípios. Se puder que o saneamento volte para a VIMAGUA, farei isso. Foi referido aqui que, em Braga, a água é gerida por uma parte privada e a pública. Em Guimarães quero que seja 100% pública”, ambicionou.

O vereador da coligação Juntos por Guimarães, António Monteiro de Castro, questionou a decisão do executivo.

“Por que razão é que o município abdica desta posição? Trata-se de um bom investimento financeiro e permite ao município estar presente num centro de decisão de um sector estratégico”, lamentou.

Já Torcato Ribeiro, vereado da CDU, disse compreender a venda das acções pela fraca participação que o município de Guimarães tinha na empresa. “Não se compreende a concentração que foi feita, à rebelia da vontade dos municípios, por estruturas mandatadas pelo Governo, que vêm aqui «cortar e riscar». Mantendo–nos como accionistas, teríamos alguma hipótese de fazer alguma alteração naquilo que era o funcionamento normal da estrutura?”, questionou o comunista. “A Águas do Norte é accionista e depois há 81 concelhos accionistas, que têm cerca de 40% de participação. Fácil é concluír que quem manda nisto é a Águas do Norte que não tem que dar satisfações a ninguém”, atacou o vereador.

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