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Câmara de Guimarães assegura visitas à muralha
Está praticamente garantido o acesso público ao topo da muralha onde se lê “Aqui Nasceu Portugal”. A garantia foi deixada à RUM pelo vereador da cultura em Guimarães. Depois de ter sido tornado público que, em 2014, dois acessos à muralha terão sido comprados por um privado, a Câmara Municipal (CMG) tornou pública a vontade tornar visitável todo o pano da muralha, o que inclui a Torre da Afândega.
Em declarações à RUM, o vereador da cultura, José Bastos, assegurou que há disponibilidade dos proprietários em abrir o espaço ao publico. “Contactei os proprietários para os pôr a par daquilo que eram as intenções da Câmara e para saber também as suas intenções. Curiosamente, os objectivos são coincidentes. Mais uma vez se demonstra que se trata de uma polémica à volta de algo que não existe”, afirmou.
José Bastos reafirmou que a muralha onde se lê “Aqui Nasceu Portugal” pertence ao Estado e “não está à venda”.
“A vida política é muito fértil neste tipo de situações. A Câmara estava, reconhecidamente, a trabalhar num processo de tornar visitável o pano de muralha, que, recordo, é Monumento Nacional desde 1910. É importante desmisitificar a ideia de que a muralha foi vendida. Tal não aconteceu porque é propriedade do Estado e não está à venda”, assegurou.
Num comunicado enviado esta quinta-feira à noite, a CMG refere a possibilidade de iniciar o processo expropriativo da servidão pública. Uma hipótese que, de acordo com José Bastos, significa que a autarquia quer garantir o acesso público ao local, que poderá ser feito duas formas. “Ou por via de um acordo com um proprietário ou por via de uma intervenção que possa obrigar a que isso aconteça”, explicou. De qualquer das formas, “o fundamental é que o acesso está garantido”, revelou.
A Câmara vai iniciar o processo de identificação de todo o cadastro e estudo de propriedade de todo o pano da muralha. A ideia é é acabar com todas as dúvidas quanto à propriedade dos edificios, de acordo com o vereador responsável pelo Centro Histórico. “Quando se fala de uma venda ao privado, dá a sensação que houve uma venda de algo público para o privado, o que não aconteceu. Estamos a trabalhar no sentido de conseguir uma coisa que nunca aconteceu em Guimarães: o acesso à muralha”.
Neste momento é necessário “descansar os vimaranenses que, no exercício de uma característica muito vincada em Guimarães, podem não estar tranquilas”, afirmou.