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Bullying deve ser tema de discussão em todas as escolas
As escolas portuguesas devem ter um papel mais activo sobre o bullying nas escolas. Paulo Costa, impulsionador e presidente da primeira associação portuguesa anti-bullying com crianças e jovens vai em breve defender a tese de douturamento sobre esta temática e foi o convidado da RUM no programa UM & ID de ontem à noite.
O docente e investigador assinalou o impacto que poderia ter a discussão permanente desta temática nas escolas do país. “Tínhamos uma área curricular não disciplinar que era a Formação Cívica que algumas escolas ainda conservam, mas outras não e eu achava importante esse espaço porque era um espaço onde o director de turma abordava um conjunto de temáticas com os alunos onde a parte do bullying podia entrar”. Isto porque, defende o docente, “a intervenção do bullying, numa fase de sensibilização, não é preciso tanto quanto isso: eles perceberem o que é bullying, que se distingue de outras formas de violência e depois saber quais as diferentes formas de bullying”.
A formação dos próprios professores deveria conter este tema, na opinião do investigador. “Temos uma lacuna muito grande, se formos ver a formação de professores não há nenhuma cadeira sobre a questão da violência escolar, mas seria muito importante porque os professores muitas vezes querem intervir mas não sabem como intervir. Há determinados sinais que só quem está informado é que os consegue valorizar, porque quem não se aperceber pode estar a ser cúmplice – naturalmente não de de uma forma consciente – de situações”, esclareceu.
Para além disso, o investigador da Universidade do Minho alertou para a importância do papel de professores e funcionários para denunciar casos de bullying. “É muito importante passar a mensagem ao adulto professor, ao adulto funcionário, de que quando uma criança lhe vai contar algo que se passou, de agressivo ou intimidatório, nós devemos de imediato valorizar aquele depoimento, ouvir com muita atenção, para que a criança perceba que está a ser ouvida e que eventualmente daí vai haver uma intervenção. Agora, quando a criança ouve a resposta de que faz parte da idade, não pode ser, porque pode ser um conflito, mas pode ser uma coisa mais grave que um conflito” exemplificou.
O investigador foi o convidado desta semana no programa UM & ID que pode agora ser ouvido em podcast em www.rum.pt.