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“BRT em Braga vai valorizar património” – Baptista da Costa
A instalação de um BRT (Bus Rapid Transit) em Braga vai trazer mais oportunidades de valorização do património. A convicção é de Baptista da Costa, Administrador dos Transportes Urbanos de Braga (TUB). O objectivo da actual equipa passa por instalar este transporte colectivo, mais moderno e mais económico que o metro.
Esta quarta-feira, à margem de mais uma iniciativa “Pequeno Almoço com…”, que desta vez contou com a Arqueóloga do Metro do Porto, Iva Botelho, o administrador dos TUB admitiu que a concretizar-se a instalação do BRT, a cidade poderá tirar também vantagens do ponto de vista do património. “Braga tem mais oportunidades que o Porto de valorizar o património através de obras bem conseguidas. As grandes intervenções são uma grande oportunidade também para modernizar a memória colectiva de todos”, disse Baptista da Costa que fez parte da equipa que idealizou o metro do Porto e que foi convidado pelo executivo de Ricardo Rio para a administração dos TUB.
Assumindo o património “inesgotável” da cidade de Braga, o administrador dos TUB sublinha que o respeito pelo passado estará bem presente quando chegar o momento de levar para a frente este projecto que, ainda assim, carece de fundos comunitários e deverá custar, por cada quilómetro, seis a sete milhões de euros. Enquanto um metro ligeiro (como a experiência do Metro do Porto) andará pelos 21 a 23 milhões de euros por quilómetro.
Já Iva Botelho, a Arqueóloga do metro do Porto que acompanhou no terreno todos os trabalhos, esteve esta manhã nos TUB para apresentar a experiência vivida naquele território.
Olhando para Braga, a especialista destaca sobretudo a necessidade de todo o projecto contar com “recursos humanos experientes” e uma equipa de arqueologia “forte” tendo em conta que se trata de uma cidade com muito mais património arqueológico.
A concretizar-se o BRT em Braga, será a primeira vez em Portugal que se opta por um sistema deste tipo. Esta quarta-feira a discussão prendeu-se sobretudo com o acompanhamento arqueológico que se irá exigir. O BRT deverá ligar as zonas este e oeste de Braga, ou seja, desde Ferreiros a Gualtar, incluindo os principais equipamentos e serviços públicos, bem como o Campus Universitário, o Centro Histórico e estação de comboios.
O BRT pode atingir a capacidade de transporte de um metro ligeiro (LRT), mas custando um terço do valor, mesmo considerando a inserção urbana.
Países europeus com BRT: Espanha e França
Em 2014, a cidade de Granada, em Espanha, adoptou o sistema BRT como solução para os congestionamentos na principal via da cidade reduzindo o número de linhas de autocarro nesta rota e aumentando a frequência dos colectivos, que também possuem um sistema integrado com os semáforos, que envia sinais quando o autocarro se aproxima de um cruzamento, priorizando assim, a fluidez do transporte público. Naqueles pontos da cidade o tempo de espera pelo transporte público reduziu de forma acentuada e está agora nos quatro minutos.
Também a França tem vindo a implementar o BRT em diversas cidades.
No resto do Mundo
O Brasil é reconhecido como tendo sido o pioneiro dos BRT. Surgiu em Curitiba, há mais de 30 anos, cidade que continua a ser uma referência mundial em termos de transporte colectivo associado ao desenvolvimento urbano. Hoje, o Brasil já ultrapassa as três dezenas de cidades com sistemas BRT.
Outro país que aposta fortemente em BRT é a China.