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Braga Romana deverá atrair “300 mil pessoas e retorno económico de 10 ME”
São esperadas 300 mil pessoas e um retorno económico acima dos 10 milhões de euros, para a 20.ª edição da Braga Romana, que decorre de 22 a 26 de maio, no centro da cidade.
Ao longo de cinco dias, haverá 72 horas de programação, seis palcos, 158 atuações, sete conferências, dois workshops de cozinha romana e 80 visitas guiadas. O Mercado Romano contará com 165 mercadores e 39 agentes artísticos.
Na apresentação da iniciativa, esta sexta-feira, o presidente do município, Ricardo Rio, destacou a presença de “muitos turistas nacionais e internacionais na cidade para participar neste evento” e, por isso, a “hotelaria está preenchida, a restauração com muita procura e todo o comercio a beneficiar da dinâmica”.
“São cerca de 300 mil euros de investimento, para programação e infraestruturas de produção, que têm sofrido inflação de ano para ano”, referiu ainda o autarca.
Marco Sousa, da Turismo Porto e Norte, aponta a Braga Romana como um “evento de referência nacional, que soube crescer em qualidade e diversidade”. “Eventos como este são momentos de afirmação da comunidade bracarense e é isso que o turista quer: autenticidade, experienciar a vivência da comunidade e a Braga Romana tem sabido ser isso tudo”, acrescentou.
No ato inaugural, agendado para 22 de maio, às 10h30, na Praça Municipal, vão estar presentes cerca de três mil participantes, com 25 instituições de ensino e 13 associações ou instituições do concelho. Para o Cortejo Triunfal, que será na sexta-feira à noite, envolve cerca de 800 participantes, seis instituições de ensino e 14 grupos de animação.
20.ª edição é dedicada a Nábia, a Deusa das águas férteis
A assinalar 20 edições, a Braga Romana é, este ano, dedicado a Nábia, a Deusa das águas férteis.
O Circus Maximus é um espetáculo inspirado nos lutadores mitológicos e estará instalado no Largo do Pópulo. Os rituais, o rito fundacional de Bracara Augusta, o batizado, o casamento e o funeral romano passam para a Praça Municipal.
O juramento de lealdade dos legionários ao Imperador Romano realizar-se-á no Pópulo.
Já as quatro sessões de teatro clássico “Anfitrião”, pela Companhia de Teatro de Braga, terão lugar nas ruínas do Teatro das Termas Romanas, sendo acompanhadas por interpretação de língua gestual portuguesa, para que “o evento se torne cada vez mais inclusivo”, explicou Márcia Ataíde, chefe de divisão da Cultura.
Para a responsável, a Braga Romana “é o testemunho do poder da cultura em unir pessoas, em despertar emoções e fomentar a reflexão, e em construir pontos entre o passado, o presente e o futuro, a tradição e a modernidade”.
Márcia Ataíde destacou o ciclo de conferências “Tempus Fugit que arrancou, no início do mês de maio, e que promete levar os participantes a conhecer o passado histórico e cultural da cidade de Braga durante o período romano, “numa oportunidade única para explorar e compreender as influências e a rica herança histórica e cultural que os romanos deixaram em Braga”.
Entre as novidades, deste ano, referência ainda para as oficinas de cozinha, no Aldeamento Brácaro. “A culinária é uma das melhores formas de conhecer os hábitos e estilo de vida das populações do passado”, referiu a responsável salientando que “para o período Romano, temos à nossa disposição um vasto conjunto de fontes que nos elucidam sobre os hábitos alimentares destas populações. Partindo destas fontes vamos tentar recriar o ambiente de uma cozinha romana”.
Através de uma parceria com a Nova Acrópole de Braga, será dinamizada durante a Braga Romana uma sessão que visa a sensibilização da saúde mental através da “Filosofia e Bem-estar: Viver como um estoico”. A iniciativa irá decorrer nas Termas Romanas do Alto da Cividade, na época, um espaço de convívio, de descontração, de relaxamento.
Para o presidente da Câmara Municipal, Ricardo Rio, “a Braga Romana tem uma dupla função, por um lado reforça a identidade coletiva e, por outro, tem uma dimensão pedagógica”, afirmou. “Nós estamos muito orgulhosos da nossa história e temos tentado preservar a memória física e intangível de ano para ano com o envolvimento de toda a comunidade. A Braga Romana mobiliza muitos milhares de pessoas e é um evento em que a cidade se revê”, referiu o autarca, acrescentando a dimensão pedagógica do evento. “Aproveitamos a Braga Romana para dar a conhecer os nossos espaços patrimoniais, o espólio do período romano e os hábitos e costumes que ficaram enraizados”.