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Braga no centro das discussões das cidades criativas até sexta-feira
O concelho de Braga torna-se até à próxima sexta-feira o centro da discussão sobre o futuro das cidades criativas em todo o mundo. O arranque da 16ª Conferência Anual das Cidades Criativas da UNESCO, decorreu esta segunda-feira, no Forum Braga.
Com o mote ‘trazer a juventude para a mesa na próxima década´, o evento agrega na cidade cerca de 350 delegações de mais de 100 países e para o presidente da autarquia, Ricardo Rio, isto demonstra a grande capacidade do concelho em acolher grandes eventos. Explica também que esta é a “sequência do trabalho que tem sido desenvolvido desde 2017”, data em que a cidade foi nomeada como Cidade Criativa da UNESCO na área das Media Arts. “Isso permitiu participar num processo de aprendizagem que tem enriquecido também as políticas culturais da nossa cidade”, assume.
O tema desta edição vem de encontro ao trabalho realizado pela autarquia na procura de um “diálogo intergeracional”, garante. Sublinha também que a “cultura e a criatividade têm o poder” de interagir com a educação, a inovação e o empreendedorismo, e um “território capaz de ser mais criativo é seguramente mais competitivo”. Além de Braga, Amarante, Barcelos e Santa Maira da Feira também são sedes das atividades da Conferência. Ricardo Rio assume também que este momento é fruto da relação de colaboração “muito forte” que há entre as cidades criativas portuguesas.
‘Manifesto de Braga’ defende a cultura como um pilar de desenvolvimento sustentável
O ponto alto da XVI Conferência Anual das Cidades Criativas da UNESCO, para o edil, é a discussão do ‘Manifesto de Braga’, que defende que a cultura seja um objetivo de desenvolvimento sustentável e autónomo. “É a mensagem que queremos deixar de Braga para o mundo para o futuro, pós 2030”, explica.
O subdiretor-geral para a Cultura da UNESCO, Ernesto Ottone, ressalta que este manifesto marca “um grande avanço” no esforço coletivo de marcar a importância da cultura e o “enorme potencial para contribuir para o desenvolvimento sustentável”. Segundo este, “inúmeros projetos, colaborações e iniciativas” têm demonstrado este potencial, além de facilitar “a inclusão social, a cooperação internacional e impulsionando mudanças positivas em todas as dimensões”.
Já o secretário-geral da Eurocities argumenta que é “essencial ouvir as pessoas, e em particular as gerações mais jovens”. Para Andre Sobczak, estes são capazes de “inovar, testar, melhorar e então implementar soluções”, considerando que o movimento deve ser realizado a nível local. “As nossas principais ambições nas cidades europeias são contribuir para cidades melhores. Isso significa cidades que são mais verdes, mais inclusivas, mais vibrantes e mais democráticas”, finaliza.
Esta segunda-feira, após a sessão de abertura no Forum Braga onde decorrerão grande parte dos trabalhos, a comitiva subiu a Avenida da Liberdade e assistiu a várias performances no centro da cidade de Braga.
*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Elsa Moura