Braga entre as nove cidades candidatas a Capital Verde Europeia 2026

A cidade de Braga surge ao lado de Guimarães, na lista de nove cidades candidatas a Capital Verde Europeia 2026. As duas cidades minhotas são as únicas portuguesas a surgir nesta lista que em julho será encurtada para apenas três. Até aqui, apenas se sabia publicamente da candidatura de Guimarães, que é já a terceira consecutiva. 

Além de Braga e Guimarães estão também Brasov (Roménia), Córdoba (Espanha), Heilbronn (Alemanha), Klagenfurt on Lake Wörthersee (Austria), Linz (Austria), Riga (Letónia) e Rybnik (Polónia).

Em declarações à RUM, o autarca Ricardo Rio explica que esta candidatura, além de tudo, visa “testar a qualidade do trabalho desenvolvido, o percurso como município, cidade e concelho”, salientando que Braga estar entre as nove pré-selecionadas “atesta da qualidade do trabalho e do cumprimento de muitos dos requisitos que a própria capital verde estabelece em diferentes domínios”, nomeadamente a qualidade do ar, a água, a biodiversidade, o ruído, a adaptação às alterações climáticas “em que tem existido um esforço muito significativo”.

É uma candidatura que responsabiliza, obriga e motiva à concretização de políticas. Queremos aproximar-nos da neutralidade climática até 2030 – Ricardo Rio

O social democrata admite a “dimensão de responsabilização, de exigência e de ambição por parte do próprio município e dos parceiros” que “obriga e motiva à concretização de políticas que vão ao encontro dos requisitos”.

Sugere ainda a importância da visibilidade, “que ajuda a reforçar o prestígio e a atratividade do próprio concelho de uma forma alargada para todas as dimensões”.

Ricardo Rio reafirma o compromisso de Braga em se aproximar da neutralidade climática até 2030. “Estamos a trabalhar de forma muito intensa para mitigar os impactos das nossas emissões naquele que é o setor que no caso de Braga representa o maior peso, que é a dimensão da mobilidade. Estamos a trabalhar muito na promoção de uma mobilidade urbana mais sustentável, criando condições de atratividade para a utilização dos transportes públicos, atraindo também utilizadores para modos suaves, para as deslocações em bicicleta, para os modos pedonais”, exemplifica.

“Se não for Braga, que seja Guimarães”

“Estar nos nove pré-selecionados já é um fator muito relevante para a cidade de Braga”, refere o autarca que não deixa de elogiar o trabalho “muito meritório que Guimarães tem feito nos últimos anos”, apresentando-se pela terceira vez como candidata ao título. No entanto, esse facto não deveria afastar Braga de apresentar a sua própria candidatura, considera também. “Achamos que neste momento não haveria nenhum inconveniente de avançarmos com esta candidatura. Agora caberá ao júri decidir, espero que seja uma destas duas cidades. Se não for Braga, que seja claramente Guimarães”, afiança.

A decisão final é conhecida em 24 de Outubro deste ano. A cidade eleita recebe um prémio de 600 mil euros.

O título de Capital Verde Europeia é atribuído anualmente a uma cidade europeia com uma população de

mais de 100.000 habitantes pelo seu compromisso com a sustentabilidade ambiental. Está associado ao

Prémio Folha Verde da Europa, atribuído a cidades entre 20.000 e 99.999 habitantes.

Um painel de sete peritos independentes efetuará uma avaliação técnica das candidaturas elegíveis

recebidas. Posteriormente, a Comissão Europeia criará uma lista de cidades pré-selecionadas que terão a

oportunidade de apresentar a sua candidatura e o seu plano de ação a um júri. O júri, presidido pela Comissão

Europeia, selecionará o vencedor.

Em atualização