Braga em Risco expõe trabalhos de mais de uma centena de ilustradores

Dezoito exposições, onze apresentações de livros, oito peças de teatro e 84 oficinas. Estes são alguns dos números que marcam a quinta edição do Braga em Risco, que contará com a participação de mais de uma centena de artistas.

O festival de ilustração realiza-se no próximo mês, entre os dias 6 e 21, passando pelo Edifício do Castelo, Casa dos Crivos, Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, Centésima Página e Largo do Paço da Universidade do Minho. Uma das novidades é a Bienal de Ilustração lançada no âmbito da Braga 2021 – Capital da Cultura do Eixo Atlântico e cujo prémio será entregue a 6 de novembro, na Galeria do Paço.

A cerimónia inclui a inauguração da exposição dos 51 trabalhos dos 17 finalistas do projeto em que foram desafiados a representar o património material e imaterial do território do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular. Outra das iniciativas consiste na decoração de montras na rua do Castelo, rua de S. Marcos e rua do Souto com ilustrações das artistas Anabela Dias, Cátia Vidinhas e Evelina Oliveira, envolvendo, dessa forma, o comércio tradicional.

A Universidade do Minho é uma das parceiras do Braga em Risco. No entender de Manuela Martins, vice-reitora para as áreas da Sociedade e da Cultura, trata-se de “um programa muito diversificado”, relevando a vertente educativa, como as oficinas, em que os ilustradores vão às escolas.

“É um conjunto de eventos que, através da imagem, pretende potenciar a criatividade dos nossos jovens. Bem precisam depois destes tempos que passámos: sair à rua, circular pelos espaços e ver o mundo através da narrativa visual”, refere.

Curador do Braga em Risco surgere criação de roteiro nacional de ilustração

O festival reúne mais de 100 artistas nacionais e internacionais. Nesse sentido, o curador do evento considera que o Braga em Risco é “um dos maiores encontros de ilustração do país”. 

Pedro Seromenho refere mesmo que a cidade está “muito bem posicionada para ser uma eventual capital da ilustração nacional” e lança o repto para que se criem “sinergias” de modo a ser desenhado um roteiro com outros festivais da mesma categoria.

A Bienal de Ilustração de Guimarães, o Festival Internacional de Literatura de Óbidos, o Encontro Internacional de Ilustração de S. João da Madeira e a Ilustrarte, organizada em Castelo de Branco, foram os eventos citados pelo curador do Braga em Risco.