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BoCA traz artes contemporâneas a Braga em Março
A cidade de Braga integra este ano a rota da BoCA, a Bienal de Artes Contemporâneas que decorreu pela primeira vez em 2017 nas cidades de Lisboa e Porto. A cidade que quer ser Capital Europeia da Cultura em 2027 pretende trazer mais ao público bracarense, e apresentar novas expressões artísticas, reforçando a aposta na arte contemporânea que começou, sobretudo, com a galeria no renovado Altice FORUM Braga.
O evento vai decorrer de 15 de Março a 20 de Abril, percorrendo em Braga alguns espaços emblemáticos como o Theatro Circo, Museu da Imagem, Mosteiro de Tibães ou D. Diogo de Sousa, mas também a Casa dos Crivos, a Fonte do Ídolo e o gnration.
São 52 artistas de artes visuais, artes cénicas, performance e música, divididos pelas três cidades, quatro deles residentes: Marlene Monteiro Freitas, Horácio Frutuoso, Gerard & Kelly e Diana Policarpo, que irá apresentar pela primeira vez o resultado do seu trabalho, no gnration.
Angélica Liddell, André Romão, Maria Trabulo, Adolfo Luxuria Canibal, Joana da Conceição, Tânia Carvalho ou Mariana Tengner Barros são alguns dos nomes que passam por Braga, de 15 de Março a 20 de Abril.
John Romão, Director Artístico, explica que o conceito “é único na relação com diferentes territórios artísticos e na relação com diferentes equipamentos culturais”, onde interessa “imprimir diferentes dinâmicas de circulação de públicos dentro de cada cidade, mas também entre cidades”, uma vez que “há obras que viajam entre cidades diferentes.
Para o Director Artístico, a “riqueza” dos espaços culturais de Braga é uma vantagem a explorar. “É muito único na cidade de Braga e já está instituída essa prática de programação contemporânea destes espaços, ao contrário do que acontece em cidades como Lisboa e Porto, em que é muito mais comum haver espaços convencionais”, realçou.
Nesta segunda edição “cristalizam-se” alguns conceitos, como a itinerância das obras e a entrada de uma terceira cidade. John Romão refere que esta circulação de obras entre três cidades é mais um traço distintivo desta segunda bienal, permitindo “um diálogo entre territórios artísticos, instituições culturais e públicos diferentes”.
[Em Braga] a BoCA começa no Museu da Imagem, a 16 de Março
Em Braga a inauguração está agendada para 16 de Março, sábado, no Museu da Imagem com a inauguração da exposição “Flora”, de André Romão, que apresenta uma série de esculturas, fotografias e vídeos realizados nos últimos anos, propondo-nos uma narrativa livre e especulativa sobre as condições de habitabilidade e sobrevivência no mundo, tanto física como culturalmente.
Fortemente ancorado na poesia e no confronto físico e performativo com as obras, o trabalho de André Romão tem usado referências históricas e naturais para explorar a tensão entre o corpo e macro-estruturas, sejam elas culturais, económicas ou ambientais. Nos seus trabalhos, André Romão convoca a literatura, a poesia, a filosofia e a história, trabalhando variados suportes, entre eles desenho, fotografia, vídeo e instalação.
Às 17h00, no Museu D. Diogo de Sousa, segue-se uma performance do bailarino e coreógrafo brasileiro VOLMIR CORDEIRO, que apresenta a dança “Rua”, seguindo-se um dj set com o DJ Terzi, e oferta de beberete. A entrada no primeiro dia é gratuita.
‘Performance’, de Gonçalo M. Tavares, é um dos destaques do programador da Bienal de Artes Contemporâneas em Braga que chama ainda à atenção para a Casa dos Crivos que irá receber ao longo de uma semana trabalhos de Maria Trabulo, Adolfo Luxúria Canibal e Joana da Conceição.
A cidade dos arcebispos acolhe também uma estreia mundial, da espanhola Angélica Liddell.
Município investe 50 mil euros e integra rota que estava circunscrita a Lisboa e Porto
Para acolher a bienal a BoCA, o município de Braga realizou um investimento de 50 mil euros. Lídia Dias, vereadora da Cultura, refere que é mais uma aposta que reflecte o empenho do município em diversificar e trazer mais para Braga. “É só dando este tipo de oferta que formamos públicos e estamos certos de que é uma aposta ganha”, confessou.