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BE questiona Governo sobre espera de 8h na pediatria do Hospital de Braga
O Bloco de Esquerda (BE) quer saber se a ala pediátrica do Hospital de Braga tem o número suficiente de pessoal médico. Em causa está uma situação atípica, que decorreu a 26 Janeiro, “com tempo de espera a ultrapassar as 8horas”.
O BE questionou o ministério da Saúde, a fim de perceber “o que provocou a espera prolongada, quantos médicos e enfermeiros estavam a exercer funções na urgência pediátrica nesse dia, quantos profissionais são necessários para o normal funcionamento da urgência pediátrica do Hospital de Braga e que medidas vai implementar para assegurar que tais situações não voltam a ocorrer”.
“Sendo que o Hospital de Braga é central, que abrange quase 300 mil habitantes num território composto por um milhão de habitantes, queremos saber o que aconteceu para um tão elevado tempo de espera. Há relatos de haver poucos médicos ao serviço. Queremos saber quantos médicos e em que especialidades estão alocados ao serviço de pediatria, nomeadamente ao fim-de-semana”, apontou Alexandra Vieira, deputada do BE eleita pelo distrito de Braga.
Contactado pela RUM, o Hospital de Braga fez saber que a 26 de Janeiro, a unidade bracarense registou um “aumento de 77% nos atendimentos emergentes e muito urgentes face à média diária do mês janeiro”. Segundo a RUM conseguiu apurar, a média diária é de 14 atendimentos vermelhos e laranjas, sendo que a 26 de Janeiro se registaram 25.
“Quando estamos num período de frio a probabilidade da urgência ser procurada aumenta, sobretudo a pediátrica, mas o hospital tem que ter planos para quando estas situações ocorrem. Qualquer serviço público precisa de pessoas para ser prestado com qualidade. Só queremos saber se efectivamente a urgência tem o número de médicos e enfermeiros necessários”, acrescentou.
O BE propôs ao Governo o reforço de pessoal “para os diversos serviços públicos”. “Estamos com alguma dificuldade em fazer passar essa proposta”, disse Alexandra Vieira.
Segundo um comunicado do Hospital de Braga, quando o número de casos muito graves e graves aumenta “os tempos de espera para casos menos urgentes podem registar um aumento significativo”. O Hospital fez ainda saber que “desde o início da ativação do Plano de Contingência foram implementadas várias medidas, incluindo reforço de recursos humanos”.