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BE pede discussão pública sobre o futuro do S. Marcos

A Comissão Concelhia de Braga do Bloco de Esquerda exigiu, esta sexta-feira, publicamente, que o presidente da Câmara de Braga explique, aos munícipes, os termos do contrato de cedência do edifício do antigo do Hospital de S. Marcos à empresa Vila Galé – Sociedade de Empreendimentos Turísticos.

A imprensa deu conta, esta quinta-feira, que o edifício do antigo do Hospital de S. Marcos deverá ser transformado num hotel. O valor da cedência do edifício e o tempo de duração do contrato ainda não são conhecidos. O acordo é votado a 18 de Agosto em assembleia geral da Santa Casa da Misericórdia de Braga.

A notícia não agradou à Concelhia de Braga do Bloco de Esquerda que, nas palavras de António Lima, consideram “tudo muito estranho” e, para além de um debate público, pedem esclarecimentos a Ricardo Rio. “Não estamos contra o projecto nem o seu destino. Queremos é saber em que condições está a ser negociado este projecto, de que a câmara já deve ter conhecimento há muito tempo. Este é um edifício classificaco como Imóvel de Interesse Público, os bracarenses têm o direito de saber e de opinar sobre o assunto”, referiu.

Os bloquistas chamam por o assunto à praça pública e exigem que o Presidente da Câmara seja o primeiro a pronunciar-se sobre o mesmo. “Até agora a única coisa que o presidente da Câmara fez foi postar uma notícia do JN numa rede social e isso não pode ser. Ele tem que explicar aos bracarenses o que se está a passar com o S. Marcos”, defendeu António Lima.

A Comissão Concelhia de Braga do Bloco de Esquerda pede também um debate público alargado às instituições que fazem parte da cidade. “É necessário alargar o debate às instituições da cidade, como a Universidade do Minho, por exemplo. Este assunto não se pode cingir apenas a uma assembleia da Santa Casa da Misericórdia”, afirmou o bloquista Jorge Vilela.

Jorge Vilela levantou também algumas questões quanto à estratégia do executivo municipal aquela zona da cidade: “Está previsto, a menos de 50 metros da Igreja da Misericórdia, a inclusão de um hotel, o que revela uma falta de estratégia por parte do executivo municipal”.

Ricardo Rio acusa o BE de “resvalar demasiadas vezes para a tentação de tentar determinar o futuro da propriedade privada”

Ricardo Rio já reagiu às declarações Comissão Concelhia de Braga do Bloco de Esquerda. O autarca diz que “a crescente procura turística por Braga justifica o aumento da oferta hoteleira como bem o demonstra o investimento a concretizar por um grupo de relevo como o Vila Galé”. 

Sobre os trâmites do processo da cedência do edifício do antigo Hospital de S. Marcos ao Vila Galé, Ricardo Rio assegura que “todas as obras no Centro Histórico estão sujeitas a um regime específico de escrutínio que é obviamente escrupulosamente cumprido, nomeadamente no plano arqueológico”.

O autarca deixou ainda uma critica: “O Bloco de Esquerda de Braga tem resvalado demasiadas vezes para a tentação de tentar determinar o futuro da propriedade privada”.

“Infelizmente para os seus responsáveis, Braga vive uma democracia que respeita profundamente esse direito dos cidadãos”, conclui.

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