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‘ATL’ das Enguardas na corrida ao Orçamento Participativo
O Centro de Apoio à Família das Enguardas quer oferecer melhores condições às 54 crianças que diariamente frequentam o ATL.
Dois apartamentos em pleno bairro das Enguardas compõe esta valência de apoio a crianças carenciadas. É lá que passam algumas horas depois da escola. Para além de múltiplas actividades ocupacionais, estas crianças são também auxiliadas no percurso escolar. Nestes dois pequenos apartamentos, separados por um pequeno hall , as crianças recebem explicações de Matemática, Português ou inglês. Um espaço valorizado pelos pais, mas que é pequeno para tanta gente. A lista de espera é uma realidade que pode ser de certa forma colmatada com a nova casa cedida pela BragaHabit e que apesar de ficar nas Enguardas, está num espaço “mais seguro” e “mais agradável” para estas crianças.
A entrada para o actual Centro de Apoio à Família das Enguardas está destruída e os vidros da porta do prédio não existem:
Agora que a Bragahabit cedeu um espaço mais amplo, surgiram outras exigências e a associação optou por submeter um projecto a votação no Orçamento Participativo 2017, para além de um novo pedido à Segurança Social.
Carlos Aguiar Gomes, presidente da Associação Famílias, esteve ontem com habitantes das Enguardas para apresentar o projecto “Ter Mais no Bairro das Enguardas”. “Foi-nos cedido um espaço que precisa de ser totalmente recuperado. Não só nos candidatamos ao Fundo de Socorro Social da Segurança Social, e agora ao projecto Orçamento Participativo”, começou por explicar. Aliás, é nesta ferramenta disponibilizada pela autarquia, que reside a esperança de “lançarem imediatamente mãos à obra”. Apesar de ficar localizado no Bairro, “abre mais para o exterior”. É maior e os espaços foram pensados para ATL, o que não acontece no espaço actual cedido há 25 anos pelo município. Afastando a hipótese de encerramento do ATL actual, que reúne as condições mínimas exigidas, “o grande problema é responder mais e melhor aos desafios actuais”. O dirigente vai mais longe: “temos o direito de exigir qualidade, bom serviço e bons espaços para as crianças”. Um serviço que “é muito procurado pelas pessoas do bairro que têm uma grande confiança na estrutura e nas pessoas que aqui trabalham”.
Processo de votação no Orçamento Participativo
O processo de votação para o projecto “Ter mais no bairro das Enguardas” complica-se quando os próprios habitantes têm dificuldades em votar. Um lamento deixado por Ana Pinheiro, psicóloga no Centro de apoio à família das Enguardas. Em causa o facto de muitas destas famílias não terem internet em casa ou e-mail criado, requisitos exigidos para participar na votação. “Temos dado o nosso melhor fazendo campanha de quase porta a porta. Aqui no bairro, as pessoas não têm computador, acesso a internet ou email, e ajudamos nessa elaboração”, explicou aquela responsável.
Ana Pinheiro está convicta que o facto de actualmente estarem em dois apartamentos “circulando de um lado para o outro condiciona o trabalho”. Um espaço mais amplo “permitiria responder de uma forma mais eficaz às necessidades das crianças e dos jovens”, acrescentou.
A requalificação que responderá às exigências da Segurança Social para este tipo de serviço custa cerca de 80 mil euros e visa responder às necessidades de mais de cinquenta crianças que frequentam o ATL do Centro de Apoio à Família das Enguardas. Actualmente, um espaço pequeno e com pouco conforto para estas crianças.
Nos últimos 25 anos, mais de 1000 crianças passaram pelo Centro de Apoio à Família das Enguardas, algumas delas tendo entretanto concluído o Ensino Superior com sucesso. O Serviço conta com o trabalho de duas profissionais e mais quatro voluntários que chegam para dar apoio escolar.
As informações sobre o projecto submetido a votação podem ser consultadas aqui