Associação alerta para degradação do Convento das Dominicas

A Muralha, associação de Guimarães para a defesa do Património, está a alertar a autarquia para o estado de degradação do Convento de Santa Rosa do Lima. Mais conhecido como Convento das Dominicas, o espaço pertence à Câmara e está localizado na zona tampão do centro histórico de Guimarães. Tal como a Torre de Alfândega – onde se lê “Aqui Nasceu Portugal” – o Convento também merece uma requalificação, defende a Muralha.

O espaço data o século XVIII e “tem um conjunto de obras muito importantes e conta com trabalhos dos melhores artistas que existiam em Portugal”, disse à RUM, Rui Vitor Costa, da Muralha. Excluindo a Igreja das Dominicas, que pertence à diocese, o restante património é da propriedade da Câmara. “Havendo essa felicidade, que não existe na Torre de Alfândega, por exemplo, faz todo o sentido que a Câmara tenha sobre o espaço um olhar atento e diferente”, considerou.

A associação Muralha quer que a autarquia impeça a degradação do Convento e o devolva aos cidadãos. “A Câmara deve dar-lhe uma utilidade pública, que engradeça o património”.

O estado de degradação do Convento das Dominicas põe em causa a preservação de património histórico. A Muralha visitou o espaço, em Maio deste ano, e denotou o estado de degradação do espaço. “É impossível entrar na varanda. A parte de madeira está em péssimas condições. Existe uma cerca que delimita com a actual feira municipal, que também está a ruir. Encontramos o telhado em estado de degradação, pondo em risco o património que tem que ser preservado”, lamentou Rui Victor Sousa.

A Muralha já contactou a autarquia. “Antes de emitirmos o comunicado, escrevemos ao Presidente da Câmara para o alertar desta situação. Segundo sei, estarão a ser feitas algumas diligências, mas oficialmente desconheço o que se passa”, disse o responsável.