ASPA apela à preservação do Bom Jesus

A Associação Para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural e Natural (ASPA) pede “bom senso” no que toca às obras de requalificação em curso no Bom Jesus do Monte, em Braga. Esta sexta-feira, a associação volta a alertar para este problema junto dos órgãos de comunicação social.

“Para além da questão do património, é a questão também do bom senso”, começou por alertar à RUM, a 22 de Julho, Armando Malheiro, da ASPA. O porta-voz avisou que “uma área grande, junto ao Santuário, está com material de granito, que tem um efeito térmico evidente”, e por isso “não é uma solução ecológica”.

Armando Malheiro frisou a importância de preservar o património do Bom Jesus, sublinhando que é difícil “fazer uma conciliação com o antigo”. No entanto, Malheiro explicou que o património “tem que desafiar os tempos futuros” e “não pode ser profundamente descaraterizado. Há questões que têm que ser ponderadas pelos projectistas e pelos municípios quando se actua sobre espaços desta natureza”.

Em resposta, Varico Pereira, mesário da Confraria do Bom Jesus, assegurou que as obras “vêm beneficiar a candidatura à UNESCO”. De acordo com o responsável, a intervenção “foi toda feita com a metodologia seguida pelos maiores especialistas na área de conservação e restauro do património. Todas as empresas que fizeram a intervenção são todas credenciadas para este tipo de intervenção e o projecto de requalificação foi aprovado pela Direcção Geral do Património”.