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Arquitectura procura misturar-se com metabolismo de Braga
Parece uma nave espacial e suscita, por isso, alguma curiosidade bem no centro da cidade de Braga.
A Urban Algae Folly foi esta manhã inaugurada na cidade de Braga e é a primeira arquitectura viva no mundo que integra culturas de microalgas e o controle digital da cultura em tempo real.
Uma estrutura que foi experimentada e exposta na ExpoMilão do ano passado e que foi trazida para Braga pelo município bracarense, INL e Fundação Francisco Manuel dos Santos.
O arquitecto Marco Poletto, responsável por esta instalação assume que “o fundamento principal da obra se baseia no processo da fotossíntese que acontece nas árvores e nos organismos vivos que processam clorofila”. O arquitecto italiano explica que se tentou, nesta obra, “incorporar o processo da fotossíntese na escultura para intensificar o processo final. A ideia é construir infra-estruturas urbanas que não incorporem apenas a natureza, mas que intensifiquem os processos da natureza”, afirma. Marco Poletto, explicou ainda que “na peça produz-se oxigénio ao mesmo tempo que cresce a alga chlorella”.
Uma peça que fica instalada em pleno centro da cidade de Braga. “Temos aqui nutrientes importantes, a crescer, e que queremos introduzir no metabolismo urbano”, conclui.
Já do lado do município, Ricardo Rio, o presidente da Câmara, lembra que este momento reflecte o conhecimento desenvolvida em Braga a chegar ao centro da cidade. “São estruturas cujo conhecimento tem uma possibilidade de repercussão não só em termos de valor económico, mas em termos de transformação da nossa sociedade”, afirma o autarca.
Já Nuno Garoupa, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, sublinha que “esta obra integra-se no objectivo da fundação. Envolve energia e comunicação, organismos vivos, nova tecnologia, nanotecnologia, alterações urbanas. Envolve o futuro, aquele que já chegou a até nós. Esta Folly convida-nos a pensar naquilo que são as cidades e tecnologia do futuro. Convida-nos a pensar no que é a ciência ao serviço da sociedade”, sublinha.
Ricardo Rio lembra que pode estar a ser apresentada em Braga uma solução que vai de encontra da sustentabilidade ambiental. “Quem sabe que no futuro boa parte da construção não vai assentar nestes microorganismos? Poderá ser uma das dimensões de trabalho. Esta é uma peça que representa um desafio do contacto entre conhecimento e sociedade e a vivência do nosso dia-a-dia.
Urban Algae Folly está patente durante três meses na Praça da República em Braga e tem centrado a atenção de muitos dos que por lá passam.