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Arquitectos apelam à Igreja para repensar S. Geraldo

Na cidade de Braga continuam a surgir críticas à proposta da Arquidiocese para o edifício S. Geraldo, no centro histórico.

Um grupo de 40 arquitectos subscreveu uma carta aberta ao Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, e ao presidente da autarquia, Ricardo Rio. Pedem a suspensão do processo e reivindam que a reaqualificação do espaço dê novamente lugar à cultura.

Em ruínas e encerrado há 20 anos, os bracarenses continuam a ver no S. Geraldo uma missão cultural. Os 40 arquitectos subscritores da carta enviada não querem mais um hotel e um espaço de restauração, apesar de reconhecerem que a cidade continua a precisar desse tipo de ofertas. O problema está no local.

Em declarações à RUM, Pedro da Rocha Vinagreiro explicou a mensagem. O grupo pede à Igreja para voltar atrás na decisão recentemente anunciada. O arquitecto apelou à “suspensão do processo e que se repense o novo programa para o edifício”. “Deve ser aberto à cidade e para a cidade, pode ter a vertente educativa social e cultural, pensamos que é o que faz mais sentido neste momento”, defendeu. Este grupo de cidadãos garante estar “disponível para colaborar e pensar num programa que se ajuste às necessidades da cidade e que sirva também os interesses da diocese”.

Dentro de alguns dias, o grupo de arquitectos pretende realizar uma sessão de esclarecimento/debate para que qualquer bracarense apresente as suas sugestões. No final, o objectivo é apresentar um programa alternativo à Arquidiocese, apesar desta ser uma corrida contra o tempo. 

Segundo o arquitecto, a Arquidiocese e a Câmara Municipal de Braga “deveriam ter feito um debate mais alargado e intenso sobre o assunto”. Mas a “esperança” é que o edifício “volte a ter a dignidade e volte a ser usado pela população”. 

O grupo de arquitectos lamenta a atitude da arquidiocese, proprietária do edifício S. Geraldo, mas também da autarquia que em tempos lançou um concurso de ideias para a requalificação da avenida da Liberdade onde constava o antigo cinema.

Contactado pela RUM, o Arcebispo de Braga referiu que a igreja “nunca fecha as portas ao diálogo”, mas disse também que “os compromissos” para a requalificação do espaço “já estão assumidos” escusando-se a mais esclarecimentos.

Do lado da autarquia, o presidente Ricardo Rio frisou à RUM que o projecto é da responsabilidade da arquidiocese de Braga e que, por isso, a Câmara não se deve pronunciar quanto a uma eventual alteração.

“A Câmara não tem que se pronunciar sobre o projecto. Vamos apreciar o projecto do ponto de vista urbanístico, com todo o rigor e salvaguarda das questões de natureza patrimonial que a lei impõe, em articulação com a Direcção Regional de Cultura. Sobre o teor do projecto, o proprietário é que terá que apreciar”, afirmou.

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