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AEB preocupada com falta de mão de obra. “Se imigrantes vão embora temos sérios problemas”

O presidente da Associação Empresarial de Braga assume que se não fosse a população imigrante, na região, algumas empresas estariam com graves problemas, ao nível da mão de obra.

Daniel Vilaça critica ainda a carga fiscal e a falta de um plano de mobilidade que permita aos empresários expandir os seus negócios.

Esta quinta-feira, a AEB e a CIP – Confederação Empresarial de Portugal – promovem uma reunião com diferentes personalidades, empresas e instituições, no Altice Forum, com o objetivo de promover uma reflexão alargada sobre o estado da economia da região.

“A falta de mão de obra, em setores como construção civil, hotelaria ou restauração, é um desafio. Nós devemos muito aos imigrantes que têm chegado a Braga, porque têm colmatado alguma falta de mão de obra e é importante acolhê-los bem e dar-lhes condições para eles estarem cá, porque se eles vão embora nós temos sérios problemas em muitas empresas”, apontou Daniel Vilaça.

Para a AEB, outro problema, relacionado com as questões da mão de obra, é a habitação, que “só poderá ser resolvida com um plano de mobilidade, que possa incluir a ferrovia, e ligue os concelhos limítrofes, para que as pessoas possam trabalhar em Braga e viver em cidades onde o acesso à habitação é mais barato”. Apontando várias críticas à mobilidade interconcelhia da região, Daniel Vilaça sugere “um acordo” para que “uma entidade assuma os transportes públicos a nível regional”. O presidente da AEB dá o exemplo da ligação Braga- Guimarães, percorrida diariamente “por milhares de pessoas”, e lamenta que “quando se fez a autoestrada não se tenha pensado numa ligação por ferrovia, que era bastante simples”. “O problema de Portugal é sempre a falta de planeamento, pensámos muito a quatro anos e os empresários precisam de ter governantes que pensem a longo prazo”, criticou.

A Associação Empresarial de Braga continua a alertar para “a carga fiscal completamente exagerada em Portugal”. Daniel Vilaça diz que os empresários estão “apreensivos com este clima político”, uma vez que programas como o Portugal 2030 “ainda não saiu para a rua e as empresas não podem estar à espera consecutivamente deste tipo de apoios”. “Esta crise política não ajuda em nada e vai atrasar, certamente, estes quadros comunitários”.

Daniela Vilaça referiu ainda que atualmente há outro problema identificado, relacionado com “a sucessão de empresas familiares”, porque em alguns casos “fecham-se empresas pujantes por não terem na família quem possa seguir com os negócios”.

“Se há região que é demonstrativa e que corporiza a realidade do país é esta”


Luís Ceia, da CIP, acredita que “a instabilidade, particularmente a fiscal”, que “afasta muito investimento direto estrangeiro”. “Tem que haver aqui um pacto de regime, a longo prazo, porque há de facto coisas que têm que ficar definidas, para podermos projetar o futuro das empresas, e do investimento direto estrangeiro em Portugal, que é decisivo para o aumento do PIB”, acrescentou.

Luís Miguel Ribeiro diz que a CIP “confia inteiramente nesta região”. “Costumamos dizer que se há região que é demonstrativa e que corporiza a realidade do país é esta. Portanto, desde o dinamismo, têm uma população jovem, empreendedora, e um tecido empresarial muito próximo daquilo que é a média nacional”, finalizou.

A CIP promove, a 20 e 21 de fevereiro, na Alfândega do Porto, uma iniciativa denominada ‘Pacto Social. Mais economia para todos’, com o intuito de alertar os líderes políticos para os problemas que enfrentam as empresas portuguesas. 

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