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ACB “preocupada” com abertura de mais supermercados em Braga
Rui Marques, director geral da Associação Comercial de Braga, está “preocupado” e “apreensivo” com a possível abertura de mais superfícies comerciais em Braga. É a reacção do responsável à RUM, em reacção ao anúncio do autarca Ricardo Rio, acerca do interesse de duas empresas estrangeiras na abertura de quatro a seis supermercados na cidade.
Rui Marques lamenta a “facilidade” na abertura de superfícies comerciais em Braga e alerta para o impacto no mercado a longo prazo. “Por um lado, a curto prazo, obviamente que a notícia é recebida de forma positiva, pela realização de mais investimentos e pela criação de postos de trabalho. Por outro lado, temos que ter em conta que a abertura estas novas superfícies vai ter um impacto no mercado, principalmente nos pequenos comerciantes”, avisou.
Rui Marques espera que a eventual abertura dos supermercados “não signifique que Braga abre portas a todas as superfícies comerciais, em prejuízo dos pequenos comerciantes, que, obviamente, não têm as mesmas condições para competir”. “A verificar-se a abertura das grandes superfícies, é uma questão que irá gerar feridas de morte aos pequenos comerciantes e também aos de grande dimensão”.
A Associação Comercial de Braga pede, por isso, ao município, que promova uma política de concorrência saudável “entre os autores que já existem no mercado e os novos”. Para Rui Marques, a Câmara Municipal de Braga deveria, de alguma forma, “salvaguardar a sustentabilidade dos pequenos comerciantes que, na maior parte dos casos, são locais”.
O director geral da Associação Comercial de Braga recorda que não houve um aumento da população na cidade nos últimos anos e, por isso, poderá haver mais seis superfícies comerciais para servir praticamente o mesmo número de pessoas. “Muito recentemente abriram três novas unidades na cidade. Caso abram mais seis, poderá siginificar, num curto de espaço de tempo, a abertura de nove supermercados, para servir exactamente o mesmo número de pessoas que temos há um conjunto de anos. A população de Braga não cresceu sequer 10%”, disse.